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Confrontos junto à fronteira da Venezuela com Brasil

Dezenas de manifestantes venezuelanos que estão no Brasil iniciaram um confronto com membros do Exército da Venezuela que bloqueiam a passagem de veículos na fronteira.
24 Fevereiro 2019, 18h39

Os distúrbios começaram por volta das 12:00 locais (16:00 em Lisboa), quando dezenas de jovens venezuelanos mascarados retomaram protestos e hostilidades contra soldados apoiantes do Governo de Nicolás Maduro.

Os manifestantes venezuelanos saquearam e incendiaram um posto de guarda do Exército da Venezuela próximo da fronteira com o Brasil.

Os jovens também arrancaram parte do asfalto para fazer pedras e atirar aos soldados, que se protegiam com escudos.

Duas linhas de soldados venezuelanos protegidas por três carros blindados avançaram lentamente e empurraram os manifestantes para o lado brasileiro da fronteira.

A tensão junto à fronteira permanece desde sábado, quando dois camiões com ajuda humanitária foram impedidos de avançar na fronteira da Venezuela pelo exército de Caracas.

Hoje, o exército bolivariano realizou alguns disparos com balas de borracha sobre os manifestantes e também atirou bombas de gás lacrimogéneo.

Por seu turno, militares brasileiros acompanharam em duas encostas, sem intervir, os confrontos entre os civis e a tropa venezuelana.

Enquanto enfrentavam os militares do Exército bolivariano, alguns manifestantes gritavam palavras de ordem contra o Presidente venezuelano, Nicolas Maduro.

“Não atirem contra o povo que quer a libertação de seu país”, podia ouvir-se.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos do Presidente Nicolás Maduro.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.

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