Os distúrbios começaram por volta das 12:00 locais (16:00 em Lisboa), quando dezenas de jovens venezuelanos mascarados retomaram protestos e hostilidades contra soldados apoiantes do Governo de Nicolás Maduro.
Os manifestantes venezuelanos saquearam e incendiaram um posto de guarda do Exército da Venezuela próximo da fronteira com o Brasil.
Os jovens também arrancaram parte do asfalto para fazer pedras e atirar aos soldados, que se protegiam com escudos.
Duas linhas de soldados venezuelanos protegidas por três carros blindados avançaram lentamente e empurraram os manifestantes para o lado brasileiro da fronteira.
A tensão junto à fronteira permanece desde sábado, quando dois camiões com ajuda humanitária foram impedidos de avançar na fronteira da Venezuela pelo exército de Caracas.
Hoje, o exército bolivariano realizou alguns disparos com balas de borracha sobre os manifestantes e também atirou bombas de gás lacrimogéneo.
Por seu turno, militares brasileiros acompanharam em duas encostas, sem intervir, os confrontos entre os civis e a tropa venezuelana.
Enquanto enfrentavam os militares do Exército bolivariano, alguns manifestantes gritavam palavras de ordem contra o Presidente venezuelano, Nicolas Maduro.
“Não atirem contra o povo que quer a libertação de seu país”, podia ouvir-se.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos do Presidente Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
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