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Conheça ‘Mr. No’: o homem que decide quem pode comprar os Ferrari mais exclusivos

Diretor de Marketing e Comercial da Ferrari, Enrico Galliera é o responsável por selecionar, de entre os ultrarricos, quem pode comprar as edições mais exclusivas da casa de Maranello, um trabalho que lhe valeu a alcunha de “Mr. No”.
20 Julho 2017, 13h44

Enrico Galliera é um ilustre desconhecido, mas, sem que ninguém desconfie, é uma dos homens mais poderosos da Ferrari. Isto porque o Diretor de Marketing e Comercial do fabricante de Maranello é quem decide quem pode ou não comprar os modelos de edição limitada da marca do “Cavallino Rampante”.

Como cabe a ele a missão de acabar com o sonho de alguns multimilionários, Galliera ganhou a alcunha de “Mr. No” (“Senhor Não”, em Português). O próprio confirma, em entrevista à Drive, que é o que menos gosta na sua função: “A parte mais difícil do meu trabalho é dizer não”, acrescentando ainda que alguns clientes fazem “extrema” pressão para conseguir um lugar entre os eleitos para comprar estes modelos especiais.

Galliera vê as edições especiais da Ferrari como uma espécie de bónus para os melhores clientes da marca: “Temos muito mais procura do que oferta. Por isso aquilo que fazemos é premiar os bons clientes. Os carros de edição limitada são considerados um presente para os nossos melhores clientes”.

Um presente que se paga bem caro, é certo, mas a Ferrari também sabe como fazer com que os seus melhores clientes se sintam especiais. Por exemplo, os 200 clientes escolhidos para comprar o mais recente Ferrari de edição limitada, o LaFerrari Aperta, receberam em casa uma pequena caixa que continha uma chave da Ferrari e um bilhete, perguntando se queriam comprar o próximo descapotável da marca… que ainda ninguém sabia qual iria ser!

Escusado será dizer que as respostas foram todas afirmativas, tal como será escusado dizer que os 1,5 milhões de euros (antes de impostos) que custa o LaFerrari Aperta valem bem o investimento. Em quatro anos, o LaFerrari “fechado” viu o seu valor aumentar para três vezes mais do que o inicialmente pago.

Quando não basta ter dinheiro para comprar o carro que pretende, nem mesmo os funcionários da marca podem comprar estes modelos. Bom, há dois que podem: os pilotos que estejam na Scuderia Ferrari de F1 na altura do lançamento (atualmente, Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen). A justificação é simples: “com uma produção tão limitada e com os clientes a esperarem tanto para terem os seus carros, não era simpático se os carros fossem entregues aos funcionários”.

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