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“Conseguiremos uma transição sem grande hiato entre o Portugal 2020 e o Portugal 2030”, diz presidente do Compete 2020

Para o presidente da comissão diretiva do programa de fundos europeus para a competitividade e internacionalização, há toda uma série de objetivos a cumprir e sectores a dinamizar que, não estando explícitos no documento do Plano de Recuperação e Resiliência nacional, fazem parte das agendas de transição digital e climática promovidas pela Comissão.
17 Março 2021, 18h16

Os programas de incentivos do Portugal 2020 e do Portugal 2030 deverão ser disponibilizados de forma a que a transição entre ambos seja feita sem interrupções que impeçam necessidades de investimento das empresas, especialmente num momento em que a economia procura relançar-se, defende o presidente do Compete 2020, Nuno Mangas.

A ideia foi defendida num webinar promovido pelo Jornal Económico e pela PwC sobre a bazuca orçamental europeia onde Nuno Mangas afiançou que os programas de apoio ao investimento se sucedam sem grandes descontinuidades.

“Se não houver nada de extraordinário, acho que conseguiremos, dentro do programado, que haja uma transição sem grande hiato entre o Portugal 2020 e o Portugal 2030”, afirmou, sublinhando o impacto destas verbas que permitem “que as empresas que tenham necessidade de investir neste momento o possam fazer”.

Com estes fundos, o presidente da comissão diretiva do programa de fundos europeus para a competitividade e internacionalização espera que o tecido empresarial nacional consiga promover uma agenda de “inovação produtiva” que coloque o país e a economia numa trajetória de maior crescimento sustentado na internacionalização e exportações. Assim, o objetivo passa, conforme explica, por termos mais “empresas que consigam fazer isto, ganhar daqui escala e posicionar-se num contexto internacional”.

Um dos pontos relevantes que terá de melhorar com estes fundos, reconhece, é a elevada burocracia existente no país. Este aspeto, como outros, não está explicitado no programa. Mas insere-se em várias vertentes do mesmo.

“Por exemplo, no programa APOIAR todo o processo foi digital, simplificado e interligado nos diferentes serviços da Administração Pública, com um formulário muito simplificado”, menciona, ilustrando como a transição digital poderá servir inúmeros propósitos e objetivos não mencionados no documento.

O webinar sobre Fundos Europeus foi promovido pela consultora PwC e pelo Jornal Económico, com transmissão a 17 de março através da plataforma JE TV, onde continua disponível (www.jornaleconomico.pt).

A intervenção de abertura foi feita pelo ministro do Planeamento, Nelson de Souza, seguindo-se uma intervenção de Pedro Deus, Global Incentives Solutions Partner da PwC.

O debate contou com a presença de Nuno Mangas, presidente do Compete 2020; António Saraiva, presidente da CIP; Ana Isabel Coelho, vogal do IEFP – Instituto do Emprego e da Formação Profissional; e Duarte de Jesus Rodrigues, vice-presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão.

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