O Conselho das Finanças Públicas (CFP) questiona o facto de as previsões do crescimento económico português estarem relacionados com o aumento das exportações.
Num comunicado divulgado esta terça-feira, 18 de abril, a entidade considera que “o agravamento das condições de financiamento e das perspetivas de crescimento nas economias dos principais parceiros económicos de Portugal poderão afetar negativamente a procura externa por bens e serviços portugueses, representando um risco descendente (externo) para o crescimento da atividade económica”.
Recorde-se que o ministro das Finanças, Fernando Medina, referiu na segunda-feira, durante a apresentação do Programa de Estabilidade 2023-2027, que este aponta para uma estimativa de 1,8% do crescimento económico do país devido a “mais exportações, mais PIB, o mesmo défice orçamental e menos dívida pública”.
O CFP entende, no entanto, que “a previsão de crescimento das importações do MF é mais elevada que as projeções das restantes instituições, o que modera o contributo da procura externa para o crescimento e é coerente com a evolução das exportações”.
Para a entidade, o cenário apresentado pelo ministro das Finanças ao longo de todo o horizonte de projeção mostra”uma dinâmica de ganho de quota de mercado das exportações portuguesas – coerente com a recente evidência em Portugal, em particular nas exportações de serviços ligados ao sector do turismo –, ainda que a ritmos inferiores a partir de 2024″.
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