A diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) está sob pressão, depois das revelações feitas no mês passado de que Kristalina Georgieva teria pressionado funcionários do Banco Mundial, onde trabalhou antes de assumir a liderança do FMI, beneficiando países como a China ou o Brasil nalguns relatórios chave.
O Conselho do FMI reúne esta sexta-feira para deliberar sobre esta matéria, depois de ter auscultado Georgieva na quarta-feira, tal como a firma de advogados responsável pelo relatório que responsabiliza a então diretora executiva do Banco Mundial pela pressão aplicada em 2018 sob os redatores do relatório de investimento global daquele organismo.
As acusações centram-se na influência exercida por Georgieva para que indicadores chave fossem alterados, de forma a inflacionar a recomendação de investimento na economia chinesa.
Os casos não se limitam ao favorecimento de Pequim, com a Bloomberg a reportar também, por exemplo, uma alteração no relatório sobre alterações climáticas do FMI para eliminar comentários mais negativos relativamente à atuação do Governo brasileiro nesta matéria. Esta versão do documento terá sido aprovada depois de Georgieva se encontrar com o representante brasileiro naquela organização.
A economista búlgara rejeitou prontamente todas as acusações, emitindo um comunicado na quarta-feira no qual argumentava que as suas declarações haviam sido tiradas do contexto. Caberá agora ao FMI deliberar sobre a sua manutenção no cargo, sendo que Joseph Stiglitz, antigo economista-chefe do organismo e Nobel da Economia, já defendeu as suas ações.
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