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“Construção? Sector não sobrevive com um par de empresas”, alerta CFO da Mota Engil

A reflexão foi deixada por José Carlos Pinto Nogueira, CFO da Mota-Engil, no painel “Futuro da Construção: o desafio das Indústrias Verdes”, no âmbito da conferência “Forma Futura”, que decorreu em Leiria esta terça-feira que conta com a organização do JE e da Transfor.
28 Novembro 2023, 11h59

O sector da construção dificilmente irá sobreviver “com um par de empresas” é muito importante que espaireça a “nuvem burocrática e cinzenta” que paira sobre o sector.

A reflexão foi deixada por José Carlos Pinto Nogueira, CFO da Mota-Engil, no painel “Futuro da Construção: o desafio das Indústrias Verdes”, no âmbito da conferência “Forma Futura”, que decorreu em Leiria esta terça-feira que conta com a organização do JE e da Transfor.

“O sector não sobrevive com um par de empresas que vão aqui e ali conseguindo sobreviver. Não há crise de tecnologia nem de formação de engenharias (onde estamos no topo), tem que espairecer esta nuvem burocrática e cinzenta que paira sobre o sector da construção e afasta do sector”, adiantou o CFO no evento organizado pelo JE e Transfor.

No entender de José Carlos Pinto Nogueira, “Temos que começar a dissipar essa nuvem porque as bases estão cá relativamente a um sector que é a economia do país. Portugal representa menos de 10% da atividade da Mota-Engil e foi assim que conseguimos sobrevivemos. A construção verde é falada em Portugal mas é uma realidade lá fora”.

“O código de contratação pública amarra-nos a uma ineficiência e assim estamos inibidos de aportar novas tecnologia, escolhas materiais sustentáveis, construção modular. Só conseguimos trazer esta diferenciação com os privados, os concursos públicos estão desertos e desadequados”, destacou este responsável.

Sobre a subida dos preços dos materiais de construção, o CFO da Mota-Engil não nega o contributo da inflação mas colocou a tónica na perceção de que se está a ganhar muito dinheiro no sector da construção.

E pode o sector sofrer alguma consolidação em 2024 em Portugal? “Esse foi um modelo que nos trouxe escala para competir internacionalmente”, destacou José Carlos Pinto Nogueira. “É importante ter essa escala internacional, até pela capacidade de atrair talento. A consolidação permite a internacionalização e o contacto com boas práticas”.

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