[weglot_switcher]

Construtores automóveis da UE querem conhecer mais detalhes do acordo com Estados Unidos

Apesar de receber a notícia de acordo entre os dois blocos com agrado, a ACEA lembra que “os EUA mantêm taxas mais elevadas nos automóveis e componentes, o que continuará a ter um impacto negativo não só para a indústria na UE, mas também nos EUA”.
28 Julho 2025, 12h34

A Associação de Construtores Automóveis Europeus (ACEA) sublinha a menor incerteza em torno da economia global com o acordo comercial entre europeus e norte-americanos, mas relembra que o setor continuará a enfrentar tarifas mais elevadas do que antes da escalada de Trump, o que criará alguns problemas.

Em comunicado, a associação fala num “passo importante” para reduzir o clima de incerteza que rodeava a economia europeia, recebendo a notícia com agrado, mas relembrando que continuam a enfrentar taxas mais elevadas.

“O acordo constitui um passo importante para reduzir a intensa incerteza em torno das relações transatlânticas nos últimos meses e a ACEA vê este desenvolvimento com agrado”, lê-se no comunicado desta segunda-feira. “No entanto, os EUA mantêm taxas mais elevadas nos automóveis e componentes, o que continuará a ter um impacto negativo não só para a indústria na UE, mas também nos EUA.”

Os EUA e a UE chegaram a um princípio de acordo para o comércio entre os dois blocos, que constitui a maior relação económica do mundo. As exportações europeias passam a pagar 15% de taxa à chegada aos EUA, o que inclui automóveis e componentes – uma tarifa mais elevada do que a cobrada antes do mandato de Trump, mas menor do que os 25% pagos pelas empresas mexicanas e canadianas, por exemplo.

Os construtores europeus ficam assim em pé de igualdade com os japoneses, que também viram os governos de ambos os países chegarem a entendimento para a imposição de 15% de tarifas.

Ainda assim, a ACEA pede mais clareza quanto aos detalhes do acordo, afirmando não conhecer ainda os específicos.

A seguir ao Reino Unido, os EUA foram o maior mercado para as exportações europeias em 2024, representando mais de um quinto do total. Em sentido inverso, 9% das exportações automóveis norte-americanas têm como destino a Europa. Além disso, a produção de fabricantes europeus nos EUA é exportada em mais de 50% dos casos, representando mais de um terço das pessoas empregadas em empresas internacionais do sector presentes no mercado norte-americano.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.