A Deco não quer ver os consumidores serem penalizados pela subida de custos na gestão de resíduos de embalagens, cujo aumento, previsto para 1 de janeiro de 2025, deverá impactar o preço final dos produtos.
Em comunicado, a organização de defesa do consumidor defende que, “apesar da revisão necessária do modelo de cálculo das contrapartidas financeiras, o ónus deste aumento não deve ser suportado pelos consumidores, que não são responsáveis pelas ineficiências do sistema”.
Os novos valores que vão entrar em vigor apontam para que facce a 2023, materiais como o vidro, possam ultrapassar o preço em 100%, quase 70%, em média, para o papel e cartão, praticamente 50% para o plástico, o aço e o alumínio, cerca de 41%, em média, para as embalagens de cartão para alimentos líquidos (ECAL) e de cerca de 66% para a madeira.
Aumentos que são provocados pela inclusão de novos fatores no cálculo, como os custos de gestão dos Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos (SGRU) e a valorização energética e a deposição em aterro, custos que até então não eram totalmente considerados.
A Deco defende uma maior responsabilização dos produtores e um incentivo à reciclagem e a otimização da gestão de resíduos. Como tal, a associação reitera a urgência na implementação de sistemas PAYT (Pay-As-You-Throw), que “premeiam a correta separação de resíduos, e de um Sistema de Depósito e Reembolso (SDR) justo e acessível a todos, que promova a devolução de embalagens para reciclagem. Adicionalmente, defende o investimento no ecodesign de embalagens, assegurando que novas embalagens só cheguem ao mercado se comprovadamente mais sustentáveis que as anteriores”.
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