Nenhum analista parece estar muito convencido de que o cessar-fogo entre Israel e o Irão seja de longa duração, mas o certo é que, contra todos os vaticínios, as armas parecem ter-se calado – que mais não seja, pelo menos por breves instantes. Mas três fatores colaboram para indicar que o processo pode estar no bom caminho.
Em primeiro lugar, o líder supremo do Irão, o aiatola Ali Khamenei, declarou que o seu país ganhou a guerra. A declaração serve unicamente para consumo interno, mas os analistas entendem-na como uma forma de o Irão recuperar forças, não tendo em vista uma repetição de qualquer retaliação. Dito de outra forma: os ataques sucessivos de Israel, a intervenção dos Estados Unidos e o simulacro de retaliação à base naval norte-americana no Qatar parecem encerrar um capítulo da guerra, mesmo que não seja um encerramento definitivo.
Por outro lado, ficou claro que, para os Estados Unidos, o assunto está, se tudo correr bem, encerrado: Trump diz que destruiu de uma forma “espetacular” a capacidade de fabricação de arsenal nuclear por parte do Irão, mas, mais importante que isso, conseguiu impedir uma retaliação de Israel numa altura em que os aviões de guerra israelitas já se encontravam a poucos minutos dos céus de Teerão para seviciarem novos objetivos militares.
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