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Coreia do Norte e China pressionam Wall Street na abertura

Geopolítica pressiona o sentimento dos investidores e empurra Wall Street para terrenos negativos.
Crash de 25% em Wall Street
28 Fevereiro 2019, 14h51

A interrupção da cimeira entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte coreano, Kim Jong-un, e os fracos indicadores de atividade na China constituem os principais focos de pressão de Wall Street na abertura desta quinta-feira, sendo que estes dois indicadores negativos estão a ser compensados por um bom comportamento da economia norte-americana no quarto trimestre.

O Nasdaq abriu a sessão a perder 0,32% para 7.099 pontos, enquanto S&P 500 (quebra de 0,19% para 2.790 pontos) e Dow Jones (a desvalorizar 0,09% para 25.981 pontos) são os índices com perdas menos acentuadas.

O PIB norte-americano avançou 2,6% no quarto trimestre de 2018, abaixo do crescimento dos segundo e terceiro trimestres (3,4% e 4,2%, respectivamente), mas quatro pontos percentuais acima da previsões de Wall Street, que apontavam um crescimento de 2,2%.

No cômputo do ano passado, a maior economia do mundo cresceu 2,9%.

De acordo com os analistas, os números agora divulgados – atrasados devido ao shutdown –  demonstram a solidez da economia norte-americana, impulsionada sobretudo pelo agressivo estímulo fiscal conferido por Trump através de cortes nos impostos para as empresas, e um alívio fiscal, embora numa escala menor, para os trabalhadores.

Em relação ao acordo comercial entre os EUA e a China, o alto representante norte-americano, Robert Lighthizer revelou, esta quarta-feira, que ainda havia muito trabalho a fazer para as duas maiores potências económicas do mundo chegarem a uma plataforma de entendimento.

Ainda no panorama geopolítico, os mercados estão a ressentir-se porque Trump abandonou as negociações com Kim Jong-un na cimeira entre os EUA e a Coreia do Norte, que se realizou nos últimos dois em Hanói, a capital do Vietname.

Trump admitiu que a contra-parte norte-coreana impôs condições inaceitáveis para levantar as sanções impostas à Coreia do Norte.

 

Nas matérias-primas, o Brent, referência para o mercado europeu, está a desvalorizar 0,53%, para 66,04 pontos; nos EUA, o West Texas Intermediate avança 0,44%, para 57,19 pontos.

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