O candidato do Partido Liberal da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, ganhou as eleições presidenciais antecipadas desta terça-feira, seis meses depois de ter sido um dos líderes políticos que se revoltou contra a tentativa e imposição da lei marcial que atirou o país para mais uma crise política. Kim Moon-soo, do Partido do Poder Popular, que esteve implicado na questão da lei marcial, não foi poupado pelos eleitores, que assim trataram de mostrar o seu descontentamento face à catastrófica gestão de Yoon Suk Yeol, o conservador que derrotou Lee Jae-myung por uma pequena margem nas eleições de 2022.
Abre-se agora na Coreia do Sul uma fase diferente, que, como acontece sempre que os liberais estão no poder, passa pela tentativa de baixar a tensão política e militar com os vizinhos da Coreia do Norte. Mas desta vez os liberais dizem-se também interessados em fazer mexidas de fundo na área da economia. A razão é evidente: as incertezas causadas pela investida das tarifas propostas pela administração norte-americana são suficientes para colocarem em causa os alicerces de uma economia que tinha (e ainda têm) nos EUA o destino de uma parte substancial da (super)produção industrial.
Lee disse na campanha que o sistema político e o modelo económico estabelecidos há anos e que transformaram o país num dos mais importantes da Ásia não são adequados aos novos desafios que se colocam. Nesse contexto, o plano do novo presidente é apostar no investimento em inovação e tecnologia, mas também no regresso da igualdade social, esquecida pelo crescimento económico e pelo cariz altamente competitivo (nomeadamente em termos do trabalho) que se foi instalando.
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