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Coronavírus: China prolonga feriado do Ano Novo Lunar para reduzir viagens e conter surto

A China prolongou por três dias o feriado do Ano Novo Lunar, até 02 de fevereiro, para desencorajar viagens e tentar conter a propagação do coronavírus que causou 80 mortes e infetou 2.744 pessoas.
  • Adi Constantin on Unsplash
27 Janeiro 2020, 07h40

Cerca de 769 novos casos foram confirmados no domingo e mais de 30.000 pessoas que tiveram contacto com possíveis pessoas infetadas estavam sob observação médica, informou a Comissão Nacional de Saúde da China.

Dezenas de milhões de chineses que visitaram as suas cidades natal ou pontos turísticos deveriam regressar a casa esta semana no maior movimento de pessoas a nível mundial que se repete todos os anos, aumentando o risco de o vírus se espalhar em comboios e aviões lotados.

Em Portugal, não se confirmou a infeção de um homem que apresentava suspeitas e que foi hospitalizado no sábado, em Lisboa, depois de regressar de Wuhan.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português desaconselhou “viagens não essenciais” à China, devido ao novo coronavírus, justificando o alerta pelos eventuais riscos de saúde e pelas presentes limitações na circulação dentro do país.

O Governo português indicou ainda à agência Lusa que foram identificados 20 portugueses que são residentes em Wuhan ou que se encontram em visita e está a estudar a possibilidade de os retirar daquela cidade, “se isso for viável à luz das regras de saúde pública”.

Já a França está a organizar “um repatriamento por rota aérea direta” dos seus nacionais localizados na região de Wuhan, anunciou o ministro da Saúde, Agnès Buzyn, sob a supervisão de uma “equipa médica dedicada”, com as pessoas a ficarem “num espaço de acolhimento durante 14 dias”, o período máximo estimado de incubação.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde é esperado hoje em Pequim para se reunir com as autoridades chinesas.

O novo coronavírus foi detetado na cidade chinesa de Wuhan no final de 2019 e o anterior balanço apontava para 56 mortos na China.

A maioria das pessoas infetadas encontram-se no território continental da China, mas há também casos confirmados em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Austrália e Canadá.

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