A corrida para o cargo de primeiro-ministro do Japão começou esta quinta-feira com um número recorde de nove candidatos a disputar a liderança do Partido Democrático Liberal (PDL), anunciou o partido no poder.
Nove candidatos, incluindo duas mulheres, declararam oficialmente serem candidatos a liderar o PDL nas eleições de 27 de setembro.
De acordo com o sistema político japonês, o vencedor desta eleição interna vai suceder garantidamente ao atual primeiro-ministro, Fumio Kishida.
Em 14 de agosto, Kishida anunciou que não ia candidatar-se ao cargo de líder do PDL, o que o obrigou a abandonar a chefia do Governo.
Os principais candidatos ao cargo de presidente do PDL incluem o antigo ministro da Defesa Shigeru Ishiba, o antigo ministro do Ambiente Shinjiro Koizumi, a atual ministra da Segurança Económica, Sanae Takaichi, e a ministra dos Negócios Estrangeiros, Yoko Kamikawa.
O Japão nunca teve uma mulher na chefia do governo.
Fumio Kishida, de 67 anos, assumiu o cargo em outubro de 2021, tendo visto os índices de popularidade caírem a pique, devido à inflação, que está a minar o poder de compra das famílias japonesas, e aos escândalos político-financeiros que afetam o partido no poder.
Durante o mandato, Kishida tomou uma posição firme a favor da Ucrânia, depois da invasão russa e, com o incentivo dos Estados Unidos, esforçou-se por reforçar a política de defesa do Japão face à afirmação da China na região da Ásia-Pacífico.
Kishida ocupa o oitavo lugar em termos de longevidade no cargo entre os 35 primeiros-ministros japoneses desde a Segunda Guerra Mundial.
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