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Corticeira Amorim: Lucros sobem 4% para 67 milhões de euros

Vendas consolidadas atingem 763 milhões de euros. O crescimento das vendas da unidade de Rolhas foi de 1,7%, apesar de impacto da desvalorização cambial. A margem EBITDA atingiu os 18,3%.
2 Novembro 2023, 16h56

Nos primeiros noves meses de 2023, as vendas da Corticeira Amorim totalizaram 763,2 milhões de euros, um decréscimo de 3,4% face ao período homólogo do ano anterior, segundo comunicado enviado à CMVM.

A redução dos níveis de atividade, em particular na Unidadede Negócios (UN) Revestimentos, foi a principal causa, “ainda que as melhorias do mix de produto e a subida de preços tenham compensado parcialmente esse efeito”. As vendas da UN Rolhas, que representavam 78% das vendas consolidadas no período, apresentaram um crescimento de 1,7%.

“A evolução cambial teve um impacto desfavorável nas vendas: consolidadas, particularmente na UN Rolhas”. Excluindo este efeito, as vendas consolidadas teriam caído 2,4% e as vendas da UN Rolhas subido 2,9%, nos primeiros nove meses de 2023.

Por outro lado, o EBITDA consolidado atingiu 139,8 milhões de euros, uma subida de 6,6% face aos primeiros nove meses de 2022, e a margem EBITDA subiu para 18,3% (era de 16,6% em período homólogo do ano passado). “Os resultados operacionais beneficiaram essencialmente de um mix de produto mais favorável e das poupanças significativas ao nível dos custos operacionais, nomeadamente decorrentes da redução dos preços de energia e transportes, apesar do aumento do preço de consumo da cortiça”, refere o comunicado.

Após resultados atribuíveis aos interesses que não controlam, a Corticeira Amorim encerrou os primeiros nove meses de 2023 com um resultado líquido de 67,0 milhões, um aumento de 4,4% face ao mesmo período de 2022. No final de setembro, a dívida remunerada líquida cifrava-se em 204,5 milhões de euros, um aumento de 75,5 milhões face ao valor registado no final de 2022 (129,0 milhões de euros). Este valor reflete um acréscimo das necessidades de fundo de maneio (95,8 milhões), o pagamento de dividendos (26,6 milhões) e o aumento do investimento em ativo fixo (65,0 milhões).

As vendas da UN Rolhas totalizaram 594,0 milhões de euros (+1,7% face ao período homólogo), “refletindo a melhoria do mix de produto e a subida de preços. Nos primeiros nove meses do ano, registou-se um crescimento de vendas em todos os segmentos de rolhas, assim como nos mercados vinícolas mais relevantes. O EBITDA subiu para 121,8 milhões de euros (+19,3% face ao período homólogo) e a margem EBITDA para 20,5% (9M22: 17,5%), beneficiando do mix de produtos mais favorável, de menores custos de energia e transportes, bem como do maior rendimento de trituração. As vendas e o EBITDA das UN Matérias-Primas e Rolhas totalizaram 603,6 milhões (+1,7%) e 130,7 milhões (+11,1%) respetivamente, e a margem EBITDA subiu para 21,7% (9M22: 19,8%).

As vendas da UN Revestimentos atingiram 70,6 milhões, uma contração de 33,4% face ao período homólogo. “A forte desaceleração da atividade, decorrente da conjuntura muito adversa, particularmente nos segmentos de retalho e residencial, teve um impacto na generalidade dos mercados e linhas de produtos. O EBITDA da UN caiu para -5,2 milhões de euros (9M22: -0,3 milhões), evidenciado o impacto negativo da desalavancagem operacional.

Por seu turno, a UN Aglomerados Compósitos apresentou vendas de 86,8 milhões de euros (-7,8% face ao período homólogo), refletindo essencialmente a redução de volumes, particularmente nos segmentos de menor valor acrescentado. “O crescimento robusto do EBITDA foi suportado pela melhoria significativa do mix, com os segmentos de Sports Surfaces, Power Indutstry e Aerospace, a apresentarem os melhores desempenhos, enquanto os de Distributors of Flooring & Related Products e oResilient & Engineered Flooring Manufacturers continuaram a ser afetados pelo contexto adverso do sector. O EBITDA cifrou-se em 17,6 milhões e a margem EBITDA subiu para 20,2% (9M22: 16,2%)”.

As vendas da UN Isolamentos mantiveram uma evolução positiva (+19,4% face ao período homólogo), impulsionadas pela “melhoria do mix de produto e pelo aumento de preços. No entanto, a subida dos preços de consumo de cortiça, única matéria-prima utilizada por esta UN, e a redução dos níveis de atividade, penalizaram os resultados operacionais, tendo o EBITDA atingido -0,8 milhões de euros (9M22: 1,0 milhões)”.

O grupo informa ainda que o Conselho de Administração decidiu propor à Assembleia Geral de Acionistas, a realizar no próximo dia 4 de dezembro, a distribuição parcial de reservas distribuíveis de 0,09 euros por ação.

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