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Costa avisa que CPI não terminou. “Verei se há consequências políticas no final”

O primeiro-ministro diz que o Governo aguarda “serenamente” pelos resultados do relatório da CPI à TAP. “Estamos tranquilos e descansados desde o início”, disse aos jornalistas, numa altura em que a gestão política da TAP está sob escrutínio. 
5 Julho 2023, 10h39

O primeiro relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP foi conhecido após a meia-noite mas o primeiro-ministro aponta que não leu as conclusões tiradas de quatro meses de audições e que só tira as consequências políticas no fim de todo o processo.

António Costa, numa visita a Aveiro, lembra que a comissão “ainda não terminou”. “Terminou agora uma fase muito importantes, que é a apresentação do relatório por parte da relatora. A Assembleia da República vai ter de discutir o relatório e aprová-lo ou não”.

O primeiro-ministro apontou ainda que o Governo aguarda “serenamente” pelos resultados. “Estamos tranquilos e descansados desde o início”, disse aos jornalistas, numa altura em que a gestão política da TAP está sob escrutínio.

“No final, verei se há alguma consequência política”, sustentou. Para já, António Costa admite desconhecer o relatório de 181 páginas que resume as audições nas quais participaram Alexandra Reis, Fernando Medina, Pedro Nuno Santos e Christine Ourmières-Widener, bem como a discussão dos Fundos Airbus.

“Não passei a noite a ver o relatório. Este não é o momento de me pronunciar sobre o relatório”, atirou.

Costa lembra ainda que o relatório, já apresentado pela relatora Ana Paulo Bernardo, foi distribuído aos grupos parlamentares e que estes irão apresentar propostas de alteração. O Parlamento irá discutir estas propostas e então aprovar o relatório final, só no fim deste processo todo é que o primeiro-ministro irá falar. “Depois do relatório estar aprovado, direi qualquer coisa, se houver algo a dizer”.

Aos jornalistas, e falhando a principal razão que levou à abertura da CPI (a indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis), António Costa assume que a principal missão do Governo é “assegurar que Portugal não perde um grande ativo estratégico, que é a TAP”. “Por isso é que intervimos durante a pandemia. Tivemos de intervir com pena da TAP fechar e [os partidos] criticam a medida que tomámos mas não dizem o que teriam feito em alternativa. A TAP teria fechado, milhares de pessoas teriam ido para o desemprego, as empresas que fornecem a TAP deixavam de fornecer e milhares de pessoas que trabalham nestes fornecedores iriam para o desemprego”, assume.

O primeiro-ministro sustenta ainda que o plano de reestruturação foi “devidamente aprovado pela Comissão Europeia”, sendo que o Estado só conseguiu apoiar a companhia aérea de bandeira após ter autorização superior por se tratarem de dinheiros públicos.

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