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Costa continua a afastar medida do PCP sobre salários mínimos

O primeiro-ministro garantiu que tinha sido mais fácil aceitar o aumento sugerido pelo Partido Comunista Português (PCP), mas acreditou que não seria justo para as empresas que “estiveram fechadas durante a pandemia” e “estão a sair agora da mais profunda crise económica”.
8 Novembro 2021, 23h00

O primeiro-ministro, António Costa, comentou o aumento do salário mínimo nacional e embora tenha admitido que Portugal tem “salários muito baixos” continuou a rejeitar a medida do PCP que previa um aumento para 850 euros.

“Nós vivemos num país de salários muito baixos e em que temos de ter a ambição de subir significativamente os salários, não só os mínimos, mas todos os outros. O salário mínimo desde 2016 até agora já subiu 39,6%”, frisou António Costa em entrevista à “RTP”.

Segundo Costa a “proposta que temos para o próximo ano é o maior aumento de sempre do salário mínimo destes 40 euros”. Por sua vez, “aquilo que nos era proposto pelo partido comunista era chegar aos 800 euros, era subir só no próximo ano mais do que subimos nos 4 anos na legislatura anterior”, frisou o secretário-geral do PS.

“Era muito fácil para mim dizer que sim”, admitiu Costa, acrescentando que não seria justo fazer este pedido “às empresas da restauração, às empresas do comércio, às empresas do sector do turismo, às empresas que já estiveram fechadas durante a pandemia, que estão a sair agora da mais profunda crise económica”. “Se tivéssemos o aumento dos 80 estávamos já a falar de um aumento dos 750 euros, um aumento de 13% para 800 euros”, destacou Costa.

“Os salários em Portugal são baixos e temos subido e é por isso que temos estado desde o início da legislatura, começando no início da legislatura, e estamos a retomar agora uma discussão geral na concertação social sobre a valorização geral dos salários e em particular dos jovens porque não é aceitável os vencimentos que têm”, garantiu o primeiro-ministro.

Costa questionou ainda se seria “pôr em perigo a solidez e recuperação das empresas” pelo aumento do salário mínimo nacional.

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