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Costa e o crescimento do PIB: “Desmente preconceitos sobre políticas” do Governo

O primeiro-ministro frisou que o crescimento de 2,9% da economia do país no segundo trimestre deste ano em termos homólogos e 0,3% face ao primeiro trimestre é “encorajador” e “deve motivar” mas sem que o Governo fique “tranquilo”.
  • António Costa
31 Agosto 2017, 18h36

O crescimento da economia em Portugal no segundo trimestre “desmente alguns preconceitos relativamente à inversão de políticas iniciadas há ano e meio” , defende o primeiro-ministro, acrescentando ser “encorajador” o facto da economia do país ter crescido 2,9% no segundo trimestre deste ano em termos homólogos e 0,3% relativamente ao primeiro trimestre, de acordo com os dados lançados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“São números muito encorajadores” afirmou Costa referindo a confirmação de que, “quer no emprego, quer no crescimento, quer nas exportações, quer sobretudo no investimento, [a política do Governo] está a dar muito bons resultados” e acrescentando que “tão ou mais encorajador do que termos este crescimento neste segundo trimestre é o facto de o investimento ter tido um crescimento superior a 9%, porque este investimento vai representar um aumento da produção”, sendo, assim, “um indicador avançado do crescimento futuro”, cita a Lusa.

“Significa que estamos no bom caminho e é preciso continuar a trabalhar”, salientou o chefe de Governo que no seu discurso na sessão de abertura da AgroSemana – Feira Agrícola do Norte afirmou que a “revisão em alta” do crescimento da economia portuguesa “deve motivar”, mas não pode deixar o executivo “tranquilo”, relata a agência de notícias.

“Temos que olhar para o dia de hoje, mas temos de olhar para o dia depois de amanhã e, por isso, tão importante é executarmos bem” os fundos do Portugal 2020 “como preparar já o pós 2020”, porque “há mais vida para além do 2020”, continuou Costa.

O primeiro-ministro solicitou que se inicie o trabalho nos projetos de investimento futuros, de forma a que não se percam anos na transição de um quadro comunitário para outro. “Não podemos estar sempre à espera que os regulamentos sejam aprovados em Bruxelas para fazer a seguir. Temos que chegar a Bruxelas com a ideia do que queremos para o futuro”, rematou.

De acordo com as contas nacionais trimestrais face ao segundo trimestre de 2017, o INE reviu em alta o cálculo do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da economia de Portugal relativamente à estimativa rápida por si divulgada a 14 de agosto, altura em que tinha estimado um crescimento de 2,8% no segundo trimestre em termos homólogos, e de 0,2% em relação aos primeiros três meses deste ano.

Este crescimento, conclui a Lusa, deve-se especialmente ao aumento da procura interna, cujo contributo para o crescimento do PIB se situou nos 2,8 pontos percentuais.

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