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Costa insta PSD e CDS-PP a “emendarem erro” cometido com pagamento aos professores

O chefe do Executivo socialista critica o recuo do PSD e CDS-PP, depois de estes terem admitido a possibilidade de chumbar o documento se não for sustentável, e acusa-os de votarem “sem saber o que estavam a votar”. 
6 Maio 2019, 09h27

O primeiro-ministro, António Costa, insta os partidos da direita a “emendar o erro” cometido na aprovação da garantia de contagem integral do tempo de serviço dos professores. O chefe do Executivo socialista critica o recuo do PSD e CDS-PP, depois de estes terem admitido a possibilidade de chumbar o documento se não for sustentável, e acusa-os de votarem “sem saber o que estavam a votar”.

“Para o PSD e CDS, que votaram sem saber o que estavam a votar, têm uma solução muito simples. Quando a votação chegar ao plenário, votem contra e emendem o erro que cometeram votando o que não sabiam que estavam a votar”, afirmou António Costa no domingo, numa ação de pré-campanha para as eleições europeias, em Portalegre.

A reação de António Costa surge depois de o presidente do PSD, Rui Rio, e a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, terem vindo dar um passo atrás e defender a contabilização total do tempo de serviço dos professores “desde que salvaguardados pressupostos muito claros de equilíbrio orçamental, respeito pelo pacto de estabilidade e crescimento, respeito pela situação económico-financeira do país, pelo controle da dívida pública e pela sustentabilidade do sistema público de ensino”.

“O PSD e o CDS começaram por dizer que nós mentíamos, que não era verdade que havia impacto orçamental, que não havia custos para ninguém, só benefícios para a carreira dos professores. Como se alguém pudesse acreditar que ao mesmo tempo era possível dar a uns sem que outros pagassem”, ironizou o líder do Governo.

António Costa reitera ainda que a posição do PS é “muito clara, transparente e consistente”: “Votámos contra este projeto na comissão e votaremos contra este projeto no plenário e não deixaremos que este projeto seja aprovado”, sublinha.

O Ministério das Finanças estima a contabilização dos 9 anos, 4 meses e 2 dias do tempo de serviço dos professores tem um impacto na despesa permanente de 800 milhões de euros anuais em ano cruzeiro. A medida tem, segundo o Governo, um impacto nas contas públicas de 40 milhões de euros em 2019 e 100 milhões de euros em 2020.

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