O café tem registado um disparo no preço nos últimos anos que se tem agravado significativamente nas semanas mais recentes, pressionando os custos de milhões de consumidores europeus e portugueses. Apesar de não ser uma região produtora deste bem, a Europa é a maior consumidora anual e importa saber: quanto importam os europeus e os portugueses de café?
Apesar de terem apenas uma plantação de café no continente inteiro (nas Canárias), os europeus são os maiores consumidores deste bem do mundo, arrecadando 30,4% da produção mundial em 2023, com 3,2 milhões de toneladas. O Brasil é a origem mais comum, responsável por 34% deste total, com países como o Vietname e Uganda de seguida na lista, com 24% e 8%, respetivamente.
Do lado do consumo, a Alemanha é a maior importadora, com 33%, ou 911 mil toneladas, seguida de Itália e Bélgica.
Apesar de não ter plantações, a Europa recebe o produto inacabado e ainda não pronto para consumo, tratando de algumas das etapas finais e, portanto, sendo estatisticamente produtora. Nesta linha, Itália é a maior produtora do continente, com 25% dos 2,3 milhões de toneladas produzidas em 2023, ou 556 mil toneladas, seguida da Alemanha, com 507 mil toneladas.
Em comparação com 2013, a produção europeia de café cresceu 15%, uma evolução significativa em comparação com outros bens. Em termos relativos, a produção do Velho Continente corresponde a cerca de 5kg por cada habitante europeu.
Quase dois terços da produção europeia é da responsabilidade de apenas sete países, onde se inclui Portugal. O sector nacional produziu 49.400 toneladas em 2023, ou 2% do total europeu, afirmando-se como o quinto maior produtor europeu.
Olhando para a realidade nacional, Portugal importou em 2024 73.717 toneladas, ou seja, acima do que produziu – um valor que, traduzido em euros, representa 433,9 milhões de euros.
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