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Covid-19: Governo não vê fecho de fronteiras como medida essencial, mas admite vir a ponderar essa opção

A Comissão Europeia ativou uma equipa oficial de resposta à Covid-19 há uma semana. A secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, vai ser a interlocutora do Governo para esta equipa. “Todas as medidas que se venham a provar eficientes para a contenção do vírus terão que ser ponderadas”, referiu a governante.
9 Março 2020, 12h54

Apesar do número de portugueses infetados com o novo coronavírus (Covid-19) crescer, a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, acredita que não será preciso adotar medidas extremas para conter a propagação do vírus, como o fecho de fronteiras ou quarentena em determinadas regiões por decreto, embora reconheça ter condições para impor uma solução idêntica à que o governo italiano impôs em 15 regiões.

“Até aqui, todas as situações [de isolamento] que foram decretadas têm contado com toda a colaboração por parte dos portugueses”, afirmou a secretária de Estado, declarações à rádio TSF. Patrícia Gaspar destacou a “forma solidária e cooperante com que todos os visados têm reagido”.

Porém, garantiu que o Executivo tem condições para garantir quarentenas forçadas. “Mas estamos convencidos de que isso não será necessário”, acrescentou.

Quanto à situação das fronteiras nacionais, afirmou: “Neste momento, o fecho de fronteiras ainda não foi identificado como absolutamente essencial. Se o for, é praticamente garantido que as autoridades o avaliarão e poderá ser essa uma das opções tomadas”.

A Comissão Europeia ativou uma equipa oficial de resposta à Covid-19, há uma semana. Esta equipa é composta por cinco comissários e o respetivo trabalho assenta em três pilares: a área média (medidas de contenção e previsão do surto), a mobilidade (transportes, viagens e questões relacionadas com o espaço Schengen) e a economia (análise de setores empresariais bem como cadeias de valor e impacto na macroeconomia).​

Patrícia Gaspar vai ser a interlocutora do Governo para esta equipa. “Todas as medidas que se venham a provar eficientes para a contenção do vírus terão que ser ponderadas”.

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