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Madeira ainda não registou casos de infeção pela variante Delta

Pedro Ramos falava no âmbito da assinatura de um contrato-programa com a Mesa da Saúde Privada da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF), no Funchal, que estabelece 16 novos postos para a realização de testes rápidos antigénio (TRAg) para a Covid-19.
18 Junho 2021, 15h22

A Madeira ainda não registou qualquer caso de infeção pela variante Delta, mas as autoridades regionais aguardam o resultado de amostras enviadas para análise no Instituto Nacional de Saúde (INSA), indicou hoje o Secretário da Saúde, Pedro Ramos.

“A variante Delta é prevalente em Portugal, neste momento, e estamos à espera do resultado das análises para ver se temos de alterar algumas das medidas [restritivas]”, disse o governante, reforçando: “Se houver conhecimento científico que justifique a alteração destas medidas, serão alteradas”.

Pedro Ramos falava no âmbito da assinatura de um contrato-programa com a Mesa da Saúde Privada da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF), no Funchal, que estabelece 16 novos postos para a realização de testes rápidos antigénio (TRAg) para a Covid-19.

Em abril, o executivo madeirense assinou um contrato semelhante com a Associação Nacional de Farmácias, tendo adquirido 200 mil testes de antigénio para proceder à testagem gratuita da população interessada de 15 em 15 dias.

O projeto conta com a participação de 36 das cerca de 60 farmácias da região autónoma.

No caso do setor privado da saúde, o Governo Regional da Madeira disponibiliza 30 mil testes TRAg, entre laboratórios e clínicas privadas, num total de 16 novos postos.

Pedro Ramos disse que a testagem da população vai aumentar, mas o número de casos positivos de Covid-19 “provavelmente não”, considerado a campanha de vacinação em curso e a manutenção de regras como o uso de máscara e o distanciamento físico.

“A taxa de positividade dos testes rápidos feitos até agora é muito baixa, 0,04%”, esclareceu, vincando que já foram realizados 25 mil testes, dos quais mil foram solicitados por turistas.

E reforçou: “Estamos empenhados em que a mobilidade da população possa aumentar, mas que possa ser feita em segurança”.

O foco do Executivo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, está agora colocado no eventual surgimento e propagação da variante Delta do novo coronavírus, que pode obrigar a voltar atrás nas medidas de aligeiramento das restrições.

Na passada segunda-feira, o Governo Regional anunciou que, a partir de 1 de julho, passa a ser necessário apenas um teste rápido antigénio negativo à Covid-19 para entrar na Madeira, realizado até 48 horas antes da viagem, em substituição do PCR.

O horário de encerramento dos bares e restaurantes foi alargado da meia-noite e o recolher obrigatório vigora entre a 1h e as 5h, sendo que a lotação dos estabelecimentos pode ir até dois terços da capacidade, com mesas de seis pessoas no interior e de dez no exterior.

O Executivo regional, liderado por Miguel Albuquerque, indicou, entre outras medidas, que a partir de 21 de junho também será exigido apenas um teste rápido antigénio negativo para as deslocações entre as ilhas da Madeira e do Porto Santo, realizado até 48 horas antes da viagem.

De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional da Saúde, o arquipélago da Madeira, com cerca de 260 mil habitantes, regista 66 infeções ativas por SARS-CoV-2, num total de 9.562 casos confirmados desde o início da pandemia, e 72 mortos associados à doença.

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