Quem apresentar sintomas de coronavírus em Itália e se recusar a fazer quarentena pode enfrentar 21 anos de prisão, avança a imprensa italiana depois do Governo italiano aplicar o lockdown ao país.
As autoridades de Itália alertaram que quem apresenta sintomas, como tosse e febre, e se recuse ao isolamento pode ser acusado de tentativa de assassinato devido ao risco de propagação do vírus. O país está atualmente a lutar para conter a disseminação da doença, tendo confirmado mais de 12 mil casos positivos em Itália 827 mortes, sendo que 196 ocorreram nas últimas 24 horas.
A Itália decretou ontem, 11 de março, que o país estava interdito, com exceção de farmácias, supermercados e pontos de venda alimentares. Os cidadãos também foram informados que não podem viajar, a menos que seja por motivos de saúde ou por trabalho.
Caso um paciente infetado, e consciente que está contagiado, transmita o novo coronavírus para alguém vulnerável que tenha uma condição de saúde pré-existente, pode ser acusado de “homicídio intencional”, podendo passar até 21 anos atrás das grades. Também quem mantém os negócios abertos e teve contacto consciente com um paciente infetado pode sofrer a mesma pena, bem como aqueles que não avisam as pessoas com quem mantiveram contacto.
As autoridades governamentais italianas apontaram que quem tentar contornar as restrições de saúde, mentir sobre motivos de viagens urgentes ou se deslocar pelo país sob falso pretexto pode ser condenado a uma pena de prisão entre um e seis anos, além de uma multa que pode ascender aos 200 euros.
Estas medidas legais de pena de prisão e multas estão a ser comparadas, por muitos, às punições de quem transmite o vírus da Sida, propositadamente, a vítimas inocentes.
No último balanço, a Organização Mundial de Saúde confirmou a existência de mais de 126 mil infetados e de 4.600 mortos devido à infeção do vírus. Atualmente Portugal conta com uma contagem oficial de 59 casos confirmados positivos pela Direção-Geral de Saúde.
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