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Covid-19: Variante Delta com prevalência acima de 60% na região de Lisboa e Vale do Tejo

Em sentido contrário, esta variante que está associada à Índia tem uma prevalência abaixo dos 15% na região Norte. Já a variante Alfa, associada ao Reino Unido, os dados apontam para uma prevalência da variante de cerca de 30% em LVT e de 80% no Norte.
  • Rafael Marchante/Reuters
20 Junho 2021, 12h47

A variante Delta de Covid-19 é a mais predominante na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), de acordo com os resultados preliminares do estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), divulgado este domingo, 20 de junho.

Estes dados resultam das sequenciações obtidas no mês de junho, no âmbito do sobre a diversidade genética do vírus SARS-CoV-2 em Portugal. Este estudo tem como objetivo principal determinar os perfis mutacionais do SARS-CoV2 para identificação e monitorização de cadeias de transmissão do novo coronavírus, bem como identificar de novas introduções do vírus no país.

Em sentido contrário, a variante Delta que está associada à Índia tem uma prevalência abaixo dos 15% na região Norte. Números diferentes surgem no que diz respeito à variante Alfa, associada ao Reino Unido, onde os dados do INSA apontam para uma prevalência da variante de cerca de 30% em LVT e de 80% no Norte.

De acordo com o comunicado do INSA “estes resultados permitem conhecer melhor a prevalência das principais variantes genéticas do SARS-CoV-2 em Portugal, nomeadamente para as regiões LVT e Norte, nas quais a
amostragem é mais significativa”.

Os dados do estudo sugerem ainda que apenas 2.5% dos casos associados à variante Delta apresentam, ainda, a mutação K417N, também associada à variante Beta, anteriormente designada como variante da África do Sul, que “tinha sido, recentemente, apontada como alvo de vigilância apertada pelas autoridades de saúde do Reino Unido, sendo que Portugal era um dos países onde a mesma tinha sido identificada na variante Delta”, pode ler-se no comunicado.

O INSA estima que a variante Delta tenha um grau de transmissibilidade cerca de 60% superior à variante Alfa, sendo que o instituto INSA, com o auxílio do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, irá atualizar nos próximos dias estes dados, “uma vez que a sequenciação com vista à caracterização genética de SARS-CoV- 2 decorre em modo contínuo”, indica o documento.

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