Em abril, os empréstimos registaram uma taxa de crescimento homóloga de 6%, naquela que é a maior taxa de variação anual desde agosto de 2008, revelam os dados do Banco de Portugal divulgados esta sexta-feira.
“O stock de empréstimos para habitação aumentou 789 milhões de euros relativamente a março, totalizando 105,2 mil milhões de euros no final de abril“, revela o banco central, acrescentando que, face ao mês homólogo, “manteve-se a trajetória de aceleração: o crescimento foi de 6%, o mais elevado desde agosto de 2008”.
No final de abril, havia 1,96 milhões de devedores de crédito à habitação, mais dois mil devedores do que no mês anterior.
Sem surpresas uma parte significativa dos novos empréstimos a destinarem-se a jovens até aos 35 anos, que beneficiam da garantia pública.
O montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou 121 milhões de euros relativamente a março, para 30,9 mil milhões de euros. O crescimento em relação ao período homólogo foi de 7,1%, superando o do mês anterior (7,0% em março).
Os empréstimos para consumo apresentaram uma taxa de variação anual de 7,0% (7,3% em março), e os empréstimos para outros fins registaram o maior crescimento anual desde julho de 2008 (7,1%), revela também o Banco de Portugal.
“Considerando os detalhes adicionais apurados para o crédito ao consumo e outros fins, verifica-se que, no final de abril, o stock de empréstimos para crédito pessoal totalizava 12,8 mil milhões de euros, mais 31 milhões do que em março, correspondendo a um crescimento de 7,4% relativamente ao mês homólogo”, adianta o BdP.
O crédito automóvel fixou-se em 8,6 mil milhões de euros, mais 56 milhões de euros do que em março, e apresentou uma taxa de variação anual de 10,1%.
Já os cartões de crédito atingiram 3,2 mil milhões de euros, mais 11 milhões de euros do que em março, e registaram uma taxa de variação anual de 7,7% (9,0% em março).
Crédito às empresas caiu em abril
O stock de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas totalizava 72,5 mil milhões de euros no final de abril de 2025, menos 121 milhões do que no final de março. No entanto, o crescimento relativamente ao período homólogo foi de 1,8%, o mais elevado desde junho de 2022, dado que as transações de abril de 2025 foram superiores (menos negativas) do que as registadas no mês homólogo, revela o BdP.
As microempresas e as grandes empresas mantiveram taxas de variação anual positivas (10,2%, e 0,7% respetivamente), enquanto as médias empresas continuaram a ter taxas negativas (-3,8%). As pequenas registaram uma taxa nula.
Por setor de atividade, o setor das indústrias e eletricidade apresentou uma taxa de variação anual de -0,7%, influenciada pela diminuição do crédito às indústrias (-2%).
No setor do comércio, transportes e alojamento, que registou uma taxa de variação anual de 0,3%, os comportamentos foram diferenciados.
Assim, o crédito concedido às empresas de alojamento e restauração cresceu 2,2%, e do comércio 0,6%, enquanto o das empresas de transporte e armazenagem diminuiu 3,1% em relação ao período homólogo.
Já no setor da construção e atividades imobiliárias, a taxa de variação anual foi positiva, de 5,3% (5,6% em março).
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