Cripto “é Oeste selvagem”: presidente da SEC vai demitir-se quando Donald Trump chegar

O presidente da norte-americana SEC, Gary Gensler, vai demitir-se no próximo dia 20 de janeiro, data marcada para a tomada de posse de Donald Trump como presidente dos EUA. A decisão coincide com a garantia que tinha sido deixada pelo novo presidente norte-americano e que deu força ao ambiente positivo nos criptomercados.

Durante a corrida à Casa Branca, o candidato republicano prometeu demitir o líder da autoridade reguladora dos mercados financeiros dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) assim que tomasse posse do cargo. Ora, tal vai acontecer precisamente no dia 20 de janeiro de 2025.

Em causa estão as políticas regulatórias impostas por Gensler, que lidera a SEC desde 2021 e mostrou-se um feroz crítico das criptomoedas. No mesmo ano, o próprio chegou mesmo a descrever o setor como “oeste selvagem”, tendo dito que estava repleto de “fraudes, golpes e abusos.”

Neste contexto, o responsável tornou mais apertada a regulação referente aos criptomercados e, pelo caminho, acabaria por perder batalhas legais, quando procurava implementar mais restrições.

Donald Trump considera que as medidas tomadas por Gensler foram muito além do que deveriam. Neste sentido, deixou garantias que apontam para um ambiente regulatório mais favorável aos criptoativos. Assim, os investidores viram alavancada a sua confiança logo após a vitória de Trump e ainda mais agora com a palavra dada pelo próprio Gensler.

Bitcoin em forte alta

Desde a vitória do candidato republicano nas eleições presidenciais dos EUA, que tiveram lugar no dia 5 de novembro, a Bitcoin valorizou perto de 35% (na manhã de 6 de novembro rondava os 73 mil dólares).

Trata-se da criptomoeda que concentra o maior volume de transações, num mercado que está avaliado em 3,4 biliões de dólares, de acordo com a plataforma CoinDesk, especializada em informação sobre mercados cripto.

Dois anos depois de ser negociada abaixo dos 17 mil dólares em 2022 (em 2021 chegou a rondar os 67 mil dólares), após o colapso da FTX, a avaliação da Bitcoin aumentou para mais de cinco vezes aquele valor. De resto, há uma subida superior a 100% desde fevereiro, quando rondava os 48 mil dólares.