Os receios em torno do First Republic Bank, que será comprado pelo JP Morgan, estão a pesar no sector bancário. A Generali Investments vê o sistema financeiro a “apertar” ainda mais as condições de financiamento, numa altura em que a procura por crédito já está a ser penalizada pela subida das taxas de juro.
“A crise após o colapso do Silicon Valley Bank ainda não está descontrolada, mas os receios sobre o First Republic Bank e a utilização ainda elevada das operações de cedência de liquidez da Reserva Federal dos EUA mostram que o sector bancário está a sentir o impacto”, afirma Paolo Zanghieri, economista sénior da Generali Investments, numa nota divulgada esta sexta-feira.
Neste sentido, “prevemos um aperto adicional das condições de financiamento, que se vai somar ao efeito negativo da subida das taxas de juro na procura” por crédito, realça o economista, notando que isto “levará o produto interno bruto [dos EUA] a contrair na segunda metade do ano, limitando o crescimento a 0,3% no conjunto de 2023”.
“A crise bancária ainda não está controlada”, conclui a Generali Investments. No primeiro trimestre, a economia norte-americana cresceu 1,1% em termos homólogos, quando as projeções apontavam para um crescimento de 2%.
https://jornaleconomico.pt/noticias/ha-poucos-indicios-de-que-a-banca-venha-a-estar-no-epicentro-da-proxima-crise-diz-allianz-1025960
Esta sexta-feira, Stefan Rondorf, estratega sénior de investimentos, economia e estratégia global da AllianzGI, afirma que “há poucos indícios de que o sector bancário tradicional, com uma regulamentação relativamente rigorosa, venha a estar no epicentro da próxima crise, semelhante à de 2007 a 2009”.
O estratega sénior realça, contudo, que as “as instituições norte-americanas individualmente enfrentam dificuldades de sobrevivência hoje em dia”.
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