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Cruz Vermelha pede mais ajuda para afetados pelas inundações no sul do Brasil

Em resposta às cheias, em maio, a FICV tinha apelado a um total de doações de 8 milhões de francos suíços (8,2 milhões de euros) para apoiar 25.000 pessoas que tinham perdido as suas casas e precisavam de assistência urgente nos próximos 12 meses.
6 Junho 2024, 17h05

A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) pediu hoje a continuação da ajuda às pessoas afetadas pelas inundações no sul do Brasil, onde as necessidades humanitárias estão a aumentar por causa das chuvas contínuas.

Numa nova declaração, a organização alertou hoje para um “significativo défice de financiamento” para aquela resposta humanitária, assegurando que ainda falta a maior parte dos fundos necessários.

“Com a previsão de mais chuva e tempo mais frio, bem como com um aumento das doenças transmitidas pela água, todos os esforços devem ser feitos para apoiar as populações mais vulneráveis, cujas necessidades humanitárias continuam a crescer exponencialmente”, acrescentou o chefe de operações da FICV Brasil, Roger Alonso Morgui, num comunicado.

De acordo com o Gabinete Brasileiro de Meteorologia, prevê-se que as chuvas fortes continuem ao longo da costa do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, o mais afetado pelas inundações de há um mês.

“Nas próximas semanas, as necessidades mais urgentes para a população mais vulnerável irão aumentar”, afirmou Alonso Morgui, que recordou que em muitas áreas os níveis de água ainda estão muito elevados, dificultando a distribuição de ajuda humanitária e impedindo as pessoas de regressarem às suas casas.

O parceiro local da FICV, a Cruz Vermelha Brasileira, está a trabalhar 24 horas por dia para ajudar as pessoas afetadas com bens de primeira necessidade, como sacos de roupa, cobertores, alimentos e água, bem como assistência médica e psicológica, acrescentou.

Também distribuiu redes mosquiteiras e filtros de água para evitar a propagação de doenças transmitidas por mosquitos.

Além disso, foram efetuadas incursões em zonas isoladas pelas inundações para chegar às comunidades afetadas, incluindo dez grupos de algumas das populações indígenas mais vulneráveis, que anteriormente não tinham conseguido aceder aos locais de distribuição.

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