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CTT. Existem cada vez mais precários e menos lucros desde privatização

No fim de 2013, estavam empregados 10.013 trabalhadores, um valor que aumentou 10,6% até ao fim do mês de setembro, passando para 11.076 colaboradores, embora o número de efetivos tenha apresentado uma diminuição na ordem dos 8,3%.
  • Cristina Bernardo
20 Dezembro 2019, 10h09

Os CTT – Correios de Portugal foram privatizados em 2013, e desde então que o negócio do serviço postal tem menos uma centena de lojas, avança o ‘Jornal de Notícias’ esta sexta-feira, 20 de dezembro. Apesar de ter perdido lojas, o número de contratados a termo pela empresa triplicou.

De acordo com a publicação, que comparou os valores englobados nos CTT antes e após a privatização, os lucros da empresa também apresentaram uma trajetória em sentido descendente depois de 2013. Atualmente, as ações valem menos de metade do que no ano em que a empresa foi privatizada, sendo esta uma reação da perda de lucros.

No fim de 2013, estavam empregados 10.013 trabalhadores, um valor que aumentou 10,6% até ao fim do mês de setembro, passando para 11.076 colaboradores, embora o número de efetivos tenha apresentado uma diminuição na ordem dos 8,3%. Desde que a empresa foi privatizada, encerraram 81 estações, embora se tenha verificado um aumento no número de postos comercializados por terceiros.

Segundo uma análise realizada pelo JN, os resultados líquidos do grupo sentiram o peso das ações em queda e caíram mais de 200%, de 61 milhões de euros para 19,6 milhões de euros no fim de 2018. Ainda assim, até setembro verificou-se uma melhoria para 22,9 milhões de euros, sendo que cada ação está a valer 3,168 euros esta sexta-feira.

Esquerda quer repensar privatização dos CTT
Na quinta-feira, 19 de dezembro, os partidos voltaram a discutir o futuro dos CTT. O tema voltou à Assembleia da República em véspera de greve geral decretada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações. As propostas discutidas pelos partidos baseavam-se em quatro projetos e duas petições, sendo uma delas a nacionalização da empresa. O Partido Socialista pediu ainda que fosse considerada uma avaliação da atual concessão, que termina no fim de 2020.

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