Uma nova pesquisa do Centro de Estudos de População e Desenvolvimento (Cepde) de Cuba indica que este país irá sofrer uma queda da força de trabalho no futuro próximo. Os números mostram que, entre 2028 e 2032, cerca de 180 mil cubanos irão dar entrada com pedidos de reforma, contra cerca de 120 mil que vão chegar à idade ativa, que em Cuba começa aos 17 anos.
De acordo com a pesquisa, publicada pelo jornal oficial “Trabajadores”, a diferença entre os dois grupos populacionais irá aumentar até atingir o “diferencial máximo” de quase 61 mil pessoas em 2032. Em 2015, a ilha tinha 7,2 milhões de pessoas em idade ativa, mas um ano depois, o número caiu para 7,1 milhões.
Os especialistas analisam que a baixa taxa de natalidade, o aumento da esperança de vida e uma alta migração externa são as maiores causas dessa situação, que obrigou o governo da Ilha a criar uma comissão há quatro anos com o objetivo de “estimular a fertilidade e atender às necessidades da crescente população dos idosos”.
Os especialistas recomendaram a reconfiguração da qualificação da mão-de-obra com o objetivo de aumentar sua produtividade, especialmente quando o número de trabalhadores ativos diminui. Estes especialistas também aconselharam a investir em tecnologia para compensar a diminuição do capital humano.
Cuba tem uma população de 11,2 milhões de habitantes, dos quais cerca de 20% tem mais de 60 anos, de acordo com as estatísticas oficiais. A legislação do país estabelece a idade de 60 anos para a reforma de mulheres e 65 para homens.
De acordo com previsões, Cuba deverá ter uma das populações mais velhas da América Latina até 2050.
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