A rede CUF, de que é CEO Rui Diniz, acaba de criar a Unidade do Sobrevivente de Cancro para garantir uma resposta especializada às necessidades desta população. É um programa pioneiro em Portugal e está em linha com as melhores práticas internacionais.
Em comunicado, a CUF cita a sobrevivente de cancro, Madalena d’Orey, que integrou o grupo que esteve na origem da Unidade do Sobrevivente e que sublinha a importância de um acompanhamento especializado: “É fundamental que os médicos que nos acompanham após um cancro tenham experiência específica no seguimento de sobreviventes. Que saibam reconhecer e compreender as sequelas do cancro – sejam elas de âmbito físico, emocional ou social –, e que nos consigam aconselhar sobre os cuidados mais adequados às nossas necessidades”.
Por esse motivo, a Unidade do Sobrevivente de Cancro integra profissionais de saúde de várias áreas de intervenção, com diferenciação e experiência na resposta às necessidades que surgem após o cancro.
Segundo o documento, que cita dados disponibilizados pelo programa CONCORD da London School of Hygiene & Tropical Medicine, as taxas de sobrevivência dos cancros mais comuns em Portugal são superiores às médias em toda a União Europeia. No cancro da próstata, a sobrevivência é de 91%, no cancro da mama de 88% e no cancro do cólon 61%. No geral, a sobrevivência tem aumentado, mesmo em cancros agressivos como os do fígado, pâncreas e pulmão, referem os mesmos dados.
Ainda, de acordo com o documento, os sobreviventes de cancro enfrentam desafios próprios, decorrentes da doença e do regresso à vida ativa. Exemplos? A probabilidade de sobreviventes de cancro relatarem dificuldades de concentração, em comparação com pessoas sem histórico de cancro, é 38% superior e têm 40% mais probabilidade de descrever problemas de memória. Da mesma forma, até 75% dos sobreviventes de cancro reportam alterações cognitivas após o fim do tratamento, sobretudo dificuldades de memória e concentração. Mais de 50% referem distúrbios do sono e cerca de 24% apresentam sintomas de ansiedade. De referir ainda que cerca de 50% dos sobreviventes revelam preocupação relativamente à possibilidade de o cancro voltar.
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