[weglot_switcher]

Cuidados intensivos: Ocupação ronda 70% mas Governo confia na flexibilidade do SNS

“Hoje estamos muito mais bem preparados”, frisou Lacerda Sales, durante a conferência de imprensa da DGS, esta segunda-feira. O governante acredita que o SNS tem, ainda, “uma capacidade e um espaço de conforto relativamente às taxas de ocupação, quer em internamentos quer em UCI”.
  • Lusa
12 Outubro 2020, 15h57

Portugal contabiliza 877 casos de infetados com o novo coronavírus, dos quais 128 em unidades de cuidados intensivos (UCI), o que coloca pressão no Serviço Nacional de Saúde (SNS) em contexto de pandemia. Contudo, o secretário de Estado Adjunto da Saúde, António Lacerda Sales, entende que o SNS é flexível o suficiente para gerir uma taxa de ocupação em internamento hospitar que já ronda os 70%.

“É evidente que os serviços, perante os números que temos, vão aumentando a sua pressão. O que é importante dizer é que as taxas de ocupação são também as taxas que temos para as unidades de cuidados intensivos, cerca de 70%. São números que nos dão, ainda, o conforto da rede de expansibilidade que temos, quer ao nível dos internamentos quer ao nível das unidades de cuidados intensivos [UCI]”, afirmou Lacerda Sales na conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre os últimos dados da pandemia da Covid-19, em Portugal.

Ou seja, segundo Lacerda Sales, o SNS tem uma “uma rede expansível” de unidades hospitalares que permite que quando um doente precisa de determinados cuidados, porque se esgotaram os recursos, “rapidamente” o SNS é capaz de o transferir para outro hospital, “seja em unidades de internamento ou em unidades de cuidados intensivos”.

“Hoje estamos muito mais bem preparados”, frisou o governante, que acredita que o SNS, “mesmo com estes números”, tem,ainda, “uma capacidade e um espaço de conforto relativamente às taxas de ocupação, quer em internamentos quer em UCI”.

Neste sentido, Lacerda Sales esclareceu que os hospitais de campanha fazem parte do plano governamental para o SNS em contexto de pandemia, “em step-up e em step-down“. Por isso, “se for necessário criá-los porque os recursos ou a pressão sobre os serviços vão aumentando, obviamente, que esses hospitais de retaguarda serão ativados nas suas devidas dimensões e de acordo com as necessidades”.

Esta segunda-feira, a DGS revelou que Portugal há já um total de 87.913 casos confirmados de Covid-19, mais 1.249 face a domingo. O número de vítimas mortais devido ao novo coronavírus no país aumentou para 2.094, registando-se mais 14 vítimas mortais nas últimas 24 horas.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.