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Custos dos patrões com salários sobem quase 6% no primeiro trimestre

Os custos salariais dos empregadores subiram 5,9% entre janeiro e março. No trimestre anterior, tinham subido 1,4%, ou seja, o arranque de 2023 foi sinónimo de aceleração neste indicador.
12 Maio 2023, 11h08

Os custos das empresas portuguesas por cada hora trabalhada aceleraram, nos primeiros três meses do ano. De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no primeiro trimestre, o custo do trabalho disparou, em termos homólogos, 6,2%, quando tinha subido 1,4% no final de 2022. Para essa evolução, contribuíram os custos salariais, que aumentaram 5,9%, entre janeiro e março.

“No primeiro trimestre de 2022, o índice de custo do trabalho (ICT) registou um acréscimo homólogo de 6,2%. No trimestre anterior, tinha aumentado 1,4%”, avança o gabinete de estatísticas, no destaque publicado esta manhã.

https://jornaleconomico.pt/noticias/portugueses-perdem-42-do-salario-em-impostos-e-contribuicoes-sociais-1028583

No que diz respeito especificamente aos ordenados, os custos por hora trabalhada subiram 5,9%. Ora, nos últimos três meses de 2022, tinham crescido 1,4%, o que significa que houve agora uma aceleração.

Entre os vários sectores de atividade, os serviços registaram o acréscimo menos expressivo dos custos salariais (4,8%) enquanto a Administração Pública verificou a subida mais robusta (7,4%), o que é explicado pelo recuo das horas trabalhadas no Estado.

Quanto aos outros custos, depois de terem subido 1,6% no final do ano passado, dispararam agora 7,3%, entre janeiro e março.

“Os custos não salariais registaram variações superiores às dos custos salariais em todas as atividades económicas, o que poderá ser explicado pela normalização do pagamento das contribuições patronais das empresas que, durante a pandemia, aderiram ao regime de lay-off simplificado, ao apoio extraordinário à retoma progressiva ou ao novo incentivo à normalização da atividade empresarial, ficando isentas ou parcialmente dispensadas do pagamento das contribuições patronais”, destaca o gabinete de estatísticas.

O INE acrescenta que a explicar a evolução homóloga do ICT está também o acréscimo de 7,9% registado no custo médio por trabalhador e a subida de 1,5% do número de horas trabalhadas por trabalhador.

No que diz respeito ao custo por trabalhador, foi a construção que se destacou, com uma subida de 10,3%. Já a Administração Pública registou o menor aumento entre os vários sectores, 6,6%.

Apesar do aumento destes custos, os salários reais continuam a encolher por efeito dos níveis históricos de inflação. Os dados do INE mostram que na Função Pública a perda de poder de compra tem sido mesmo superior à registada pelos trabalhadores do privado, conforme escreve o Jornal Económico na edição desta semana.

Atualizada às 11h35

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