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Da esquerda à direita, Moedas garante que trabalhará “com todos. Temos de deixar a política da fricção” (com áudio)

O novo presidente da autarquia de Lisboa garantiu, esta segunda-feira, que está disponível para trabalhar com todos os vereadores, no sentido de criar condições para governar a cidade com estabilidade.
  • Rodrigo Antunes/Lusa
27 Setembro 2021, 12h43

O candidato eleito à Câmara de Lisboa descarta a possibilidade de ver o seu mandato dificultado perante uma governação com uma maioria de vereadores à esquerda.

“Vamos ver. Vamos governar a câmara que ganhamos dia a dia”, frisou, esta segunda-feira, à margem de um almoço em Lisboa onde acrescentou também que conta “com todos os partidos e vereadores” para trabalhar nos projetos e propostas do executivo.

“Trabalharei com todos com muito gosto. Temos que deixar a política de fricção, e passar para uma política de construção de soluções”, referiu, relembrando o seu percurso enquanto comissário europeu. “A Comissão Europeia é a melhor escola para trabalhar com todas as forças políticas, e é isso que vou fazer em Lisboa”.

Questionado sobre se já está marcada uma data para a tomada de posse e passagem de pasta, Carlos Moedas admite que não, mas conta que já teve “uma excelente conversa com Fernando Medina ontem”.

“Vai tudo correr bem”, frisou com otimismo. “Estamos os dois de boa vontade. Vamos fazer uma transição correta e genuína”.

Ao fim de 14 anos, o PSD, em coligação com o CDS-PP, conquistou, este domingo, o município de Lisboa com 34,25% dos votos, deixando Fernando Medina e o PS a menos de um ponto percentual (33,3%). Nestas autárquicas, o PSD obteve conseguiu sete vereadores (mais um face a 2017), o mesmo número que o PS (menos um). Já a CDU conta com dois vereadores (manteve) e o Bloco de Esquerda com um (também manteve).

O novo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas cumpriu a sua promessa e encontrou-se com trabalhadores de higiene de Lisboa no refeitório municipal dos Olivais, esta segunda-feira, onde afirmou que este é apenas um dos gestos que quer ter enquanto governante da cidade, em declarações à RTP.

“É uma promessa importante, estive aqui na sexta-feira, com todos os homens da higiene urbana de Lisboa, estive a ver os problemas que têm, o que fizeram pela cidade durante a pandemia, e senti que estavam abandonados, que se sentiam abandonados, e por isso vim aqui hoje, porque lhes prometi”, afirmou, frisando ser importando “dar visibilidade a estes homens e estas mulheres, que trabalham tanto para a higiene urbana da cidade”.

“Estou muito contente, será este e outros gestos que também terei, contente por estar aqui com eles, e estou muito contente por estar aqui hoje”, referiu.

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