“Há um ano que tenho-me questionado sobre o porquê de ainda não haver este tipo de tecnologia acessível a todos, porque pode realmente salvar uma vida”, começou por dizer David Ginola ao Jornal Económico, no segundo dia da Web Summit.
Foi em maio do ano passado que o internacional francês testemunhou um “milagre”. “Estive morto durante nove minutos no campo, enquanto jogava futebol com amigos, e outra vez no hospital”, depois de ter tido um ataque cardíaco. Foi por essa razão que Ginola apresentou hoje a sua aplicação Noods, que, em caso de urgência, identifica ajuda que esteja por perto, caso tenha a aplicação no smartphone.
“Como é possível vivermos num mundo altamente tecnológico e, no entanto, praticamente ninguém sabe fazer reanimação?”, pergunta o antigo jogador do Newcastle.
Apontando para todas as pessoas que se encontravam no local de entrevistas da Web Summit, Ginola diz com toda a certeza que não haverá um desfibrilador por perto, e compara a situação com uma viagem de avião: “Quando estamos num avião, as assistentes de bordo mostram onde estão as saídas de emergência, os coletes salva vidas e ensinam procedimentos básicos de como agir em casa de emergência. Então porque é que os ataques cardíacos não são tratados da mesma maneira?”
“Não sei porque é que eu sobrevivi, mas já que aqui estou, quero ajudar a fazer mais milagres como o meu”, admite. “Não sou Jesus mas sinto que tenho agora uma missão a cumprir. A educação é uma prioridade e devia ser uma prioridade para qualquer governo”, diz.
A aplicação vai estar disponível dentro de dois meses, garantiu David Ginola, que desde o acidente que lhe colocou um pacemaker no coração tem estado a lutar para diminuir este tipo de riscos.
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