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Davidson Kempner compra portefólio de malparado “Projecto Wilkinson” ao Novo Banco

O Novo Banco deverá tornar oficial esta sexta-feira a venda deste portfólio de NPL (Non Performing Loans) ao Davidson Kempner Capital Management, que, segundo a Bloomberg foi o vencedor do concurso para a compra de um portfólio de malparado de singles names, denominado Wilkinson.
  • Cristina Bernardo
4 Março 2021, 23h49

A Bloomberg está a avançar que a sociedade gestora Davidson Kempner Capital Management ganhou o concurso para a compra da carteira de malparado “Projecto Wilkinson”.

O Novo Banco deverá tornar oficial esta sexta-feira a venda deste portfólio de NPL (Non Performing Loans).

Tal como noticiado pelo Jornal Económico, em outubro de 2020, o ‘Projeto Wilkinson’, é um portfólio de crédito malparado com um montante ligeiramente acima dos 200 milhões de euros, e é composto por dívidas em incumprimento de grandes devedores (conhecida na gíria bancária por single names).

São essencialmente créditos incobráveis que não estão cobertos pelo Mecanismo de Capitalização Contingente (CCA) do Fundo de Resolução.

O Projecto Wilkinson deve o seu nome ao jogador inglês Jonny (Jonathan) Wilkinson, que foi decisivo para a Inglaterra vencer o campeonato do mundo de rugby de 2003.

A venda de carteiras de malparado a fundos especializados é uma forma de reduzir de forma mais rápida o stock de malparado e desta forma reduzir os rácios de NPL (Non Performing Loans) ou NPE (Non Performing Exposure).

O Novo Banco tinha acordado com Bruxelas, em 2017, reduzir substancialmente o stock de crédito improdutivo.

Este ano, como a chamada de capital ao Fundo de Resolução tem um teto político de 480 milhões de euros, o banco tenta constituir menos imparidades para ativos cobertos pelos mecanismo de capitalização contingente (CCA) . Razão pela qual os créditos que compõem o “Wilkinson”, não estão cobertos pelo CCA.

O Novo Banco teria de constituir todas as imparidades para os ativos cobertos pelo Mecanismo de Capitalização Contingente este ano, mas o tecto  de 480 milhões poderá levar a alterações dos planos e compromissos assumidos.

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