A pequena cidade suíça é um destino preferencial para férias, mas todos os anos a pequena montanha helvética transforma-se para receber os maiores líderes do mundo global. Esta semana, o mais certo é que as novas câmaras de transmissão consigam grandes planos de CEO de grandes empresas e empreendedores sociais a escorregar em pistas cobertas de gelo. Este é o local onde se podem encontrar os primeiros-ministros e presidentes de vários países em confraternização.
Entre as ausências mais notadas no Fórum de Economia Mundial vão estar o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, o primeiro ministro canadiano Justin Trudeau, o presidente francês Emmanuel Macron, primeiro-ministro indiano Narendra Modi e a primeira ministra britânica Theresa May. Entre as novidades, os ‘holofotes’ vão recair na presença do recém-empossado presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
De Conan Doyle e Thomas Mann
Ainda que Davos obtenha publicidade uma vez por ano, este destino ostenta uma história de cultura e cooperação, bem como algumas curiosidades. É a cidade mais alta da Europa, elevando-se a 1,560 metros, mas o mais curioso aspeto de Davos remonta ao século XIX, onde se instalaram vários sanatórios para curar a tuberculose devido ao ar seco que circulava nos Alpes. O escritor e vencedor de um Prémio Nobel, Thomas Mann, baseou o seu livro “A Montanha Mágica” em Davos, quando acompanhou a sua mulher a um sanatório.
Arthur Conan Doyle, conhecido por ser o criador do famoso Sherlock Holmes, foi um dos pioneiros na prática de esqui nesta cidade suíça. À semelhança de Mann, Doyle também passou tempo nesta cidade com a mulher por causa da tuberculose. Doyle foi dos primeiros a abraçar esta modalidade, que agora é uma das bases da economia local.
Embora já tenham encerrado há bastante tempo, e transformados em hotéis para turistas, os sanatórios continuam a ser uma ligação de Davos à cultura. Por isso, todos os anos, o Fórum entrega o Crystal Award a três pessoas que se destacam em várias áreas.
O primeiro Fórum teve lugar em 1971, e na altura chamava-se Simpósio Europeu de Gestão, durou duas semanas e mudou a forma de ver o mundo. Este encontro anual assistiu à crise petrolífera de 1973, à queda do comunismo em 1989, à ascenção da China como uma das maiores potências mundiais e às ‘vozes’ que deram origem ao movimento #MeToo.
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