A Morningstar DBRS divulgou um comentário onde discute os resultados do 1º trimestre de 2025 dos maiores bancos portugueses: Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português, Novobanco, Banco Montepio, Banco BPI e Banco Santander Totta.
Em resumo a DBRS diz que os bancos portugueses voltaram a reportar resultados positivos no 1º trimestre, sendo que a rendibilidade foi sustentada por uma forte margem financeira e por provisões para perdas com crédito significativamente mais baixas.
A qualidade dos ativos dos bancos mantém-se sólida, e os empréstimos em incumprimento diminuíram ainda mais, constata.
A melhoria das posições de capital proporciona aos bancos uma proteção para enfrentar os desafios externos, considera a agência de rating.
“A rendibilidade dos maiores bancos portugueses manteve-se forte no primeiro trimestre de 2025, embora prevejamos que o crescimento da receita agregada dos maiores bancos se mantenha estável ou se contraia gradualmente, à medida que a margem financeira líquida reflete a trajetória descendente das taxas de juro”, afirmou Jason Graffam, Vice-Presidente Sénior de Ratings Globais de Instituições Soberanas e Financeiras.
“Os principais bancos portugueses deverão, no entanto, continuar a beneficiar de taxas de juro estruturalmente mais elevadas e da melhoria da procura de crédito, associada ao forte desempenho da economia portuguesa”, segundo Graffam.
A DBRS prevê para 2025, que o crescimento da receita agregada dos maiores bancos se mantenha estável ou se contraia gradualmente. Espera que a margem financeira líquida reflita a trajetória descendente das taxas de juro.
Os principais bancos portugueses deverão, no entanto, continuar a beneficiar de taxas de juro estruturalmente mais elevadas e da melhoria da procura de empréstimos, associada ao forte desempenho da economia portuguesa, segundo a DBRS.
”Os lucros saudáveis dos últimos anos e a geração interna de capital permitem amplas reservas para atenuar qualquer desestabilização no ambiente operacional português, desenvolvimentos que sustentam a nossa visão positiva sobre os perfis de crédito dos bancos”, refere a agência.
O resultado líquido atribuível dos bancos aumentou para 1.253 milhões de euros no 1.º trimestre de 2025, o que revela uma ligeira contração de 0,4% face ao resultado de 1.257 milhões no 1.º trimestre de 2024.
No entanto, este resultado representa um crescimento da receita líquida total atribuível de cerca de 31% desde o 1.º trimestre de 2023 e de 105% desde o 1.º trimestre de 2022, calcula a DBRS.
A forte rentabilidade foi o resultado de uma margem financeira ainda elevada, apesar dos recentes cortes nas taxas de juro, da redução das provisões para perdas com empréstimos e do aumento das comissões líquidas.
As grandes descidas nas provisões para perdas com empréstimos também apoiam os lucros. O total de provisões e imparidades para empréstimos no 1.º trimestre de 2024 foi de 99 milhões, uma redução de mais de metade face aos 271 milhões de euros registados no ano anterior, ou 426 milhões no 1.º trimestre de 2023.
Embora as provisões para perdas com empréstimos tenham diminuído na maioria dos bancos, a libertação de provisões da Caixa Geral de Depósitos foi a mais notável e explica as provisões mais baixas no agregado.
O provisionamento mais elevado em 2022-23 refletiu a expetativa de que a qualidade dos ativos se deterioraria devido ao aumento das taxas de juro e ao abrandamento da produção económica. Como essa deterioração não se concretizou, as instituições de crédito libertaram significativamente provisões ao longo do ano passado e em 2025.
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