Os espanhóis foram às urnas este domingo – em eleições marcadas por uma elevada taxa de participação (76%) – mas, de acordo com a DBRS, a formação do novo governo ainda deverá “demorar tempo” por causa da falta de maioria absoluta, das europeias que se avizinham e do processo judicial que envolve ex-governantes catalães que ainda está em curso.
A agência de notação financeira canadiana considera que o cenário político mais provável seja um executivo liderado pelo PSOE [Partido Socialista Operário Espanhol] com o apoio da Unidas Podemos [UP]. “Essa combinação política precisa do apoio parlamentar dos partidos mais pequenos. Esperamos que as medidas de receita incluídas no orçamento para 2019 sirvam de modelo para o futuro governo, embora o atual mandato mais forte possa levar a medidas mais decisivas”, explicam os analistas, numa análise publicada esta segunda-feira.
A DBRS duvida que a solução política de Madrid passe por que um governo liderado pelo PSOE com o apoio do Ciudadanos para obter a tal maioria absoluta. No entanto, nesse caso, a agência de rating acredita que iria levar a uma maior consolidação fiscal devido a normas mais favoráveis aos negócios e a reformas económicas.
Estas últimas legislativas em Espanha foram essencialmente marcadas pela vitória dos socialistas [com 28,8% dos votos e 123 deputados eleitos], pela derrota do Partido Popular e pelo facto de o Vox ter conquistado 24 lugares, tornando-se no primeiro partido de extrema-direita com representação no Congresso desde o regresso da democracia ao país. Perante estes resultados, os especialistas da DBRS prevêem que não se verifiquem grandes mudanças na política espanhola nem que estas tenham um impacto significativo na trajetória económica e fiscal do país, pelo que o PIB deverá continuar a crescer, mesmo que em ritmo de desaceleração.
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