A DBRS manteve esta sexta-feira a sua notação da dívida pública portuguesa, mas melhorou as perspetivas macroeconómicas, que passam assim a ‘positivas’. A mexida acaba por não surpreender, dada a trajetória de melhoria das contas nacionais na última década.
A dívida pública portuguesa manteve assim uma nota ‘A’, mas agora com perspetivas ‘positivas’, uma melhoria em relação ao cenário que se vinha registando desde julho do ano passado. À altura, a agência financeira canadiana foi a primeira das quatro principais a melhorar a sua avaliação relativamente aos títulos nacionais.
No relatório apresentado esta sexta-feira a agência sublinha que “a perspetiva positiva reflete a avaliação da DBRS de que as vulnerabilidades da dívida de Portugal continuam a diminuir, graças à rápida redução do rácio da dívida pública [face ao PIB], bem como à melhoria sustentada das contas externas”.
Desde então, Fitch, Moody’s e Standard & Poor’s reviram em alta as suas notações para a dívida portuguesa, muito à custa da correção que o país tem feito nas contas nacionais na última década, interrompida apenas pela pandemia.
Recorde-se que Portugal foi um dos poucos países da zona euro a registar um excedente orçamental em 2023, que chegou a 1,2% do PIB, tendo também conseguido reduzir o seu indicador de dívida e até o stock em termos absolutos. O ano passado fechou com um rácio 99,1% de dívida pública, uma das descidas mais expressivas do bloco da moeda única e que retira Portugal não só do terreno acima de 100%, como também dos cinco países mais endividados do euro.
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