[weglot_switcher]

De Carlos Costa a Passos Coelho. Oito rostos que marcaram o processo de resolução do BES

Esta terça-feira marca o sétimo aniversário da resolução do Banco Espírito Santo. Recorde os principais protagonistas e o seu papel no episódio mais marcante da história da banca portuguesa.
  • O empresário Pedro Queiroz Pereira, que morreu em agosto de 2018, protagonizou um conflito com Ricardo Salgado que se saldou numa disputa judicial em que foi colocado em destaque uma possível viciação das contas das holdings do GES, facto que, terá sido revelado à supervisão bancária no segundo semestre de 2013

  • A ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque defendeu em abril deste ano, na Comissão Eventual Parlamentar de Inquérito às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, que era “sua convicção pessoal” de que a nacionalização do Banco Espírito Santo (BES) sairia muito mais cara ao Estado do que a Resolução que veio a ser feita

  • O ex-administrador do BES José Maria Ricciardi relatou no parlamento, em 2014, que viveu dois anos de “inferno total”, devido aos seus esforços para tentar alterar a situação que se ia acumulando no Grupo Espírito Santo. Já em março deste ano, em entrevista ao jornal Público, afirmou que “é verdade que a Justiça demora tempo, mas acaba por funcionar. Não tenho dúvidas que levarão a condenações”.

  • Às 22h45 de domingo, 3 de Agosto de 2014, o então Governador do BdP, Carlos Costa, anunciou a resolução que ditou o fim do Banco Espírito Santo. “O Conselho de Administração do Banco de Portugal deliberou hoje aplicar ao Banco Espírito Santo SA uma Medida de Resolução. A generalidade da atividade e do património do BES é transferida para um banco novo denominado de Novo Banco devidamente capitalizado e expurgado de ativos problemáticos”, fica para a história como o discurso que decreta o fim do BES.

  • O ex-administrador financeiro do BES negou a 20 de julho deste ano, no Tribunal da Concorrência, ter praticado qualquer ato de gestão danosa no banco, como foi acusado pelo supervisor, e declarou a sua indignação por decisões tomadas após a sua saída.

  • Vítor Bento, líder da APB, surgiu como o novo presidente executivo do BES, cargo para o qual foi cooptado em julho de 2014. Duas semanas depois, o Banco de Portugal aplica uma resolução ao Banco Espírito Santo, dividindo-o em duas partes. Bento e a sua equipa ficam à frente do Novo Banco, cujo capital é detido pelo Fundo de Resolução, na esfera do Banco de Portugal e das Finanças. Em setembro do mesmo ano anuncia que apresentou a demissão do seu cargo no Novo Banco, tal como José Honório e João Moreira Rato.

2 Agosto 2021, 18h10

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.