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De Monsanto a Urrós: comunidades esquecidas entram no “Calendário do Portugal Vazio”

Portugal estreia-se este ano na iniciativa do Grupo Driver, rede de oficinas especializadas em pneus e serviços rápidos de mecânica automóvel, com a inclusão de seis comunidades esquecidas no Calendário que tem como objetivo “dar visibilidade a aldeias em risco de despovoamento e valorizar as comunidades que nelas resistem”. Nesta iniciativa, o Grupo Driver dá […]
Monsanto
19 Março 2025, 17h51

Portugal estreia-se este ano na iniciativa do Grupo Driver, rede de oficinas especializadas em pneus e serviços rápidos de mecânica automóvel, com a inclusão de seis comunidades esquecidas no Calendário que tem como objetivo “dar visibilidade a aldeias em risco de despovoamento e valorizar as comunidades que nelas resistem”.

Nesta iniciativa, o Grupo Driver dá destaque a doze localidades ibéricas “severamente afetadas pelo declínio populacional” sendo que na edição de 2025, e pela primeira vez, são integradas seis aldeias portuguesas.

“Este projeto, que há seis anos confere destaque a comunidades esquecidas, tem como propósito enaltecer o património cultural e social destas regiões, impulsionar o turismo rural e sensibilizar para a importância da sua preservação”, destaca o grupo em comunicado.

As localidades portuguesas selecionadas para integrar o Calendário de 2025 são: Monsanto, freguesia do Município de Alcanena (fevereiro); Paradela de Miranda (abril); Queiriga (junho); Talasnal (agosto); Urrós (outubro); Monsanto, freguesia do Município de Idanha-a-Nova (dezembro).

As localidades espanholas contempladas são: Gotarrendura, província de Ávila (janeiro); Torralba de Ribota, província de Zaragoza (março); Benatae, província de Jaén (maio); Negueira de Muñiz, província de Lugo (julho); Loma Somera, no Vale de Valderrible, província de Cantábria (setembro); Tírvia, província de Lleida (novembro).

Destaca o Grupo Driver que “todos os anos, a iniciativa visa convidar à descoberta de doze recantos
remotos da Península Ibérica, destacando as suas histórias, tradições, festas e acessos rodoviários.

José Ramón Arnó, responsável do Grupo Driver, sublinhou a importância desta nova fase do projeto: “Nesta sexta edição do Calendário, decidimos incluir também municípios de Portugal, pois o país enfrenta desafios semelhantes de despovoamento”.

“Queremos dar protagonismo a estas localidades e apoiar os seus habitantes, que são os verdadeiros guardiões das suas terras. Esperamos que as suas histórias possam servir de inspiração para
muitas outras pessoas na defesa e revitalização destas aldeias frequentemente esquecidas”, realça este responsável.

Uma iniciativa inspirada no lendário Calendário Pirelli Inspirado no lendário Calendário Pirelli, parceiro oficial do Grupo Driver, esta iniciativa pretende dar visibilidade a localidades esquecidas e em risco de desaparecer, incentivando os visitantes a descobrir o seu património rural, histórias, tradições e paisagens de rara beleza. A criação do calendário contou com a colaboração ativa dos autarcas e habitantes das localidades escolhidas.

Turismo rural e uma mudança de paradigma
Este calendário, segundo José Ramón Arnó, “reflete também uma mudança de paradigma no turismo, promovendo escapadelas de fim de semana e incentivando cada vez mais jovens em teletrabalho a fixarem-se em aldeias rurais fora das grandes cidades.”

Portugal enfrenta um agravamento da desertificação do interior, com centenas de aldeias a perderem população ano após ano. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, diversas regiões apresentam uma densidade populacional inferior a 10 habitantes por km², tornando urgente a revitalização destes territórios. Neste contexto, o calendário do Grupo Driver surge como um
incentivo ao turismo de proximidade e à valorização do interior.

Este percurso pelos municípios em risco de despovoamento da Península Ibérica pode ser acompanhado tanto em formato físico como online, através do website: http://calendariodoportugalvazio.com/

A partir desta plataforma, os utilizadores podem descarregar e imprimir o calendário. Além disso, qualquer cidadão pode partilhar a história da sua localidade através de um formulário, permitindo que esta se candidate a futuras edições do projeto.

Nas redes sociais, é possível contribuir para esta iniciativa através da partilha de imagens, utilizando a hashtag #CalendarioPortugalVazio.

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