Com a pandemia a limitar a campanha para as eleições presidenciais, marcadas para dia 24, os debates televisivos ganharam relevância maior do que em anos anteriores. Ainda que possam não ser tão decisivos quanto os debates presidenciais dos Estados Unidos (nos quais cada detalhe é negociado e pode gerar leituras políticas), os três frente a frentes mais vistos tiveram mais audiência do que o principal debate presidencial de 2016. Mas terão influenciado as intenções de voto dos portugueses? Os especialistas contactados pelo Jornal Económico concordam apenas que, devido à pandemia, terão uma importância maior do que as restantes ações de campanha.
Reconhecendo estar perante “a pior campanha presidencial de sempre ao nível da comunicação política”, ao ponto de o incumbente nem ter gravado tempos de antena, o consultor Rui Calafate nota que os três frente a frentes que mais atenções atraíram tiveram o líder do Chega como denominador comum. “As pessoas queriam ver André Ventura”, realça, apontando-o como um dos que tiveram melhores prestações, ao lado de Tiago Mayan Gonçalves, da Iniciativa Liberal, que, apesar do nervosismo patente na linguagem corporal, “preparou muito bem os debates”. Mas ambos atrás de Marcelo Rebelo de Sousa, ironicamente beneficiado pela ausência física no único debate que juntou os sete candidatos, transmitido nesta terça-feira pela RTP1. “Deu-lhe imenso jeito não estar lá”, considera o especialista em comunicação política.
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