A empresa chinesa de inteligência artificial (IA) DeepSeek negou, esta quinta-feira, que esteja a considerar a possibilidade de aceitar financiamento externo para fazer face à crescente procura por recursos computacionais, após o seu rápido crescimento.
A empresa tecnológica reagiu assim à informação vinculada por órgãos especializados, como a publicação norte-americana The Information, que indicaram que a plataforma estava a considerar dar esse passo. Os órgãos mencionaram fundos de investimento chineses e o Fundo Nacional de Segurança Social como possíveis investidores.
São “apenas rumores”, afirmou hoje a empresa, em comunicado.
O jornal estatal The Paper também noticiou hoje que a empresa está a enfrentar dificuldades para sustentar a expansão do serviço, o que levou os seus diretores e a sua empresa-mãe, a QuantCube, a avaliarem uma mudança de estratégia que orientaria o seu foco da investigação tecnológica para um modelo comercialmente viável.
Nos últimos dias, especulou-se sobre um possível investimento de 10 mil milhões de dólares (9,5 mil milhões de euros) por parte do grupo Alibaba, o que lhe daria uma participação de 10% na empresa e avaliaria a DeepSeek em 100 mil milhões de dólares (96 mil milhões de euros).
O vice-presidente da Alibaba, Yan Qiao, negou oficialmente a informação, sobre a qual a DeepSeek não comentou.
A DeepSeek causou grande agitação no setor global de IA após o seu lançamento, há algumas semanas, do modelo V3, que terá levado apenas dois meses para ser desenvolvido, com uma fração do orçamento das rivais norte-americanas.
Lançado em 2023 pelo fundo de cobertura chinês High-Flyer Quant, a DeepSeek está comprometida com o código aberto e oferece serviços mais baratos do que o modelo o1 da OpenAI.
O rápido crescimento atraiu parcerias com gigantes tecnológicos chineses, como Alibaba, Tencent, Huawei e Baidu.
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