O défice externo de Portugal aumentou para 2.600 milhões de euros até junho, que compara com os -1678 milhões registados no primeiro semestre do ano passado. Segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal esta quarta-feira, este cenário resultou sobretudo do aumento do défice na balança de bens.
O défice da balança de bens aumentou 1727 milhões de euros em termos homólogos, enquanto o excedente da balança de serviços não se alterou.
“Nos primeiros seis meses do ano, as exportações de bens e serviços cresceram 3,3% (2,4% nos bens e 5,2% nos serviços) e as importações aumentaram 7,3% (6,8% nos bens e 9,9% nos serviços)”, informou a entidade liderada por Carlos Costa.
Já o défice da balança de rendimento primário reduziu-se em 404 milhões de euros relativamente ao período homólogo, para 3207 milhões de euros. “Esta variação resultou, principalmente, da redução dos juros pagos a entidades não residentes”, identifica o BdP.
Por outro lado, até junho de 2019, o saldo da balança financeira registou uma redução dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior de 2169 milhões de euros.
“Essa evolução resultou do aumento dos passivos, e reflete o investimento de não residentes em sociedades não financeiras residentes e em obrigações do tesouro. Este efeito foi parcialmente compensado pelo aumento de ativos financeiros no exterior, com destaque para o investimento dos bancos residentes em títulos de dívida emitidos por não residentes”, refere o regulador.
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