[weglot_switcher]

Democratas querem republicana seguidora do QAnon fora das comissões do Congresso

Marjorie Taylor Greene defendeu, entre outras falsidades, crimes e apelos ao ódio, a execução de legisladores democratas, sobretudo de Nancy Pelosi, ou que os tiroteios de Parkland, Florida, e Sandy Hook, uma escola em Newtown, Connecticut, foram encenados.
Marjorie Greene Taylor
2 Fevereiro 2021, 17h43

Mitch McConnell, líder da agora minoria republicana no Senado, condenou as posturas extremistas e conspiracionistas da eleita do seu partido para a Câmara dos Representantes pela Georgia, apelidando estes movimentos e pontos de vista como “um cancro” no seio do Partido Republicano.

Marjorie Taylor Greene, a representante republicana seguidora da teoria da conspiração QAnon e feroz defensora de Donald Trump, está debaixo de fogo pelas suas posturas e afirmações, tendo um grupo de congressistas democratas pedido a sua exclusão dos dois comités que integra no Congresso. Esta segunda-feira, foi o senador do Kentucky a afirmar que as mentiras e conspirações apoiadas e ecoadas por Greene não têm lugar no Congresso.

“Mentiras lunáticas e teorias da conspiração são um cancro para o Partido Republicano e para o nosso país”, defendeu McConnell numa declaração aos jornalistas. “Alguém que defende que talvez nenhum avião tenha atingido o Pentágono no 11 de setembro, que os tiroteios nas escolas talvez sejam encenados e que os Clintons causaram o desastre que vitimou John F. Kennedy, Jr. não vivem na realidade”, acrescentou.

Marjorie Taylor Greene defendeu, entre outras falsidades, crimes e apelos ao ódio, a execução de legisladores democratas, sobretudo de Nancy Pelosi, ou que os tiroteios de Parkland, Florida, e Sandy Hook, uma escola em Newtown, Connecticut, foram encenados. No primeiro caso, a legisladora interpelou um sobrevivente com alegações fraudulentas, publicando posteriormente o vídeo nas suas redes sociais. Ambos os atentados resultaram num total de 43 vítimas mortais, entre crianças e adultos.

Foi através destas mesmas redes sociais que Greene respondeu imediatamente a McConnell, argumentando que o perigo para o seu partido é a sua liderança “fraca”. Greene havia já recorrido ao Twitter para anunciar, por exemplo, um pedido de impeachment em seu nome a Joe Biden minutos depois da sua investidura.

Estes comentários e posições políticas levaram a bancada democrata de ambas as câmaras do Congresso a pedir a remoção da conspiracionista dos comités de educação e do orçamento da Câmara dos Representantes. O líder da maioria democrata na câmara baixa do Capitólio, Steny Hoyer, manifestou à Reuters a esperança em ver o assunto ser abordado internamente pelos republicanos, mas garante que o partido está preparado para avançar com uma resolução que efetivamente afaste Greene destas comissões.

Além de McConnell, Greene tinha sido já visada por algumas figuras do partido, incluindo da fação mais conservadora e associada a Trump, pelos seus comentários antissemitas. Num editorial da publicação ultraconservadora Frontpage, Greene é apelidada de “distração” e “maluca que acha que os Ficheiros Secretos são reais”, como cita a CNN.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.