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Depois de Angola, barcelenses da Mecwide estão focados nos ‘data centers’ na Noruega

Depois de terminar um projeto para a Sonangol em Angola, a Mecwide está a apostar na Escandinávia: “Países nórdicos são uma região com interessante potencial”, disse ao JE o CEO, André Pinto.
6 Fevereiro 2024, 07h30

A Mecwide está a apostar na construção de data centers na Noruega depois de ter terminado um projeto energético em Angola. O grupo de metalomecânica sediado em Barcelos foi responsável pela instalação de uma Unidade de Receção e Distribuição de Gás da Sonangol, no que é o seu maior projeto de sempre do país.

O projeto Falcão Fase 2 – na cidade do Soyo, província do Zaire – tem capacidade para tratar cerca de 50 milhões de pés cúbicos de gás por dia. Além deste projeto, também construiu um gasoduto com mais de nove quilómetros. O grupo de metalomecânica empregou 220 trabalhadores neste contrato.

A faturação da companhia subiu 60% em 2023, para um valor superior a 100 milhões de euros, com 70% das receitas a terem origem no estrangeiro: Espanha, França, Bélgica, Noruega, Angola e Moçambique.

Para este ano, o grande foco vai ser a construção de data centers na Noruega, com o CEO da empresa, André Pinto, a revelar ao Jornal Económico que os países nórdicos têm um “interessante potencial”.

Quanto faturaram em 2023 e qual a vossa expetativa para este ano?

Em 2023, registámos um volume de negócios consolidado superior a 100 milhões de euros, o que representa um crescimento de mais de 60% face ao ano anterior. Este desempenho traduz o reconhecimento pelos clientes da nossa capacidade de entregar projetos com qualidade chave na mão e cumprindo os prazos. Com o nosso profissionalismo temos conquistado clientes em Portugal, mas também a nível internacional, com os mercados externos a serem hoje responsáveis por mais 70% da nossa faturação.
Para 2024 ambicionamos prosseguir a nossa estratégia de crescimento, aprofundando a relação com os atuais clientes, mas também explorando oportunidades de levar as nossas competências a um número crescente de projetos. É nossa expectativa continuar a crescer nos nossos principais mercados.

Quais os projetos mais relevantes que têm agora em curso?
Temos vindo a conquistar grandes obras em todo o mundo, sendo que depois da conclusão deste importante projeto em Angola destacava a construção de data centers na Noruega. Os países nórdicos são uma região com interessante potencial e que incluímos na nossa estratégia de crescimento.

Quais as expetativas da vossa empresa para o curto e médio prazo?
A nossa ambição é de crescimento. Contamos com uma equipa de qualidade, com mais de 1.200 profissionais, e temos a capacidade técnica para construir os mais exigentes projetos. Os clientes com quem trabalhamos reconhecem a nossa competência e dedicação, o que nos leva a estar otimistas em relação ao futuro.
Num clima de incerteza, estamos a fazer o nosso caminho, atentos às tendências e procurando potenciar as nossas mais-valias. Nesse sentido, vamos continuar empenhados no crescimento dos negócios tradicionais, mas também pretendemos explorar oportunidades nas novas áreas de desenvolvimento, como as ligadas às tecnologias e à digitalização.

Têm em vista mais projetos em Angola?
A conclusão da unidade de gás para a Sonangol, um projeto chave na mão, vem reforçar o nosso reconhecimento no mercado e representa mais um importante cartão de visita para futuros clientes. Temos know how, temos capacidade instalada, temos tudo o que é necessário para concretizar os projetos mais desafiantes. Estamos atentos às oportunidades que possam surgir dentro das nossas unidades de negócio, nomeadamente nos sectores de oil&gas, indústria e energia, minas e cimentos e, também, sistemas modulares.

Estão presentes em mais mercados? Quais?
Temos presença física permanente em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Noruega, Angola, Moçambique. Temos mais de 1.500 projetos já concluídos e cinco unidades de fabrico, em Portugal, Espanha, Angola e Moçambique.

Pretendem entrar em mais mercados?
Estamos focados nos mercados da Europa e de África, sendo que estamos abertos a projetos nestas regiões para além dos países onde já estamos presentes.  A expansão para fora destas áreas geográficas dependerá sempre de uma avaliação criteriosa. A nossa principal preocupação são os clientes e a prioridade é entregar-lhes projetos com qualidade nos prazos previstos. Neste momento estamos a olhar para oportunidades na América do Sul, mas apenas as concretizaremos se houver enquadramento na nossa empresa.

Quais os projetos mais relevantes em Portugal?
Estamos centrados na industrialização da economia portuguesa e com a transição energética nomeadamente no âmbito do PRR.

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