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Deputados britânicos estão dispostos a ir a tribunal para impor adiamento do Brexit

Em causa está a aprovação de um projeto de lei que prevê o adiamento do Brexit para 31 de janeiro, depois de Boris Johnson se ter recusado a adiar a saída do Reino Unido da União Europeia.
7 Setembro 2019, 16h23

Os deputados britânicos, incluindo os conservadores expulsos do partido, estão dispostos a avançar com uma ação judicial contra o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. Em causa está a aprovação de um projeto de lei que prevê o adiamento do Brexit para 31 de janeiro, depois de Boris Johnson se ter recusado a adiar a saída do Reino Unido da União Europeia.

Segundo informação avançada pela BBC, os deputados britânicos estão a alinhar posições para forçar Boris Johnson a cumprir o projeto de lei aprovado na sexta-feira pela Câmara dos Lordes, para adiar o Brexit. Recorrer à justiça é uma das formas que está em cima da mesa. Vários especialistas em Direito alertam que o primeiro-ministro pode ser detido se se recusar a cumprir a nova lei.

O documento aprovado pela Câmara dos Lordes exige que Boris Johnson solicite a Bruxelas uma extensão do Artigo 50, permitindo que o Reino Unido permaneça na União Europeia até 31 de janeiro.

O projeto-lei passou pela Câmara Alta sem ser alvo de emendas, o que significa que não precisa voltar para a Câmara dos Comuns para ser debatido. O documento precisa ainda de ser assinado pela Casa Real, o que se prevê que aconteça na segunda-feira. Esta é mais uma derrota para Boris Johnson, numa semana que tem sido fulcral para o desfecho do Brexit.

Na quinta-feira, Boris Johnson afirmou que o Reino Unido vai deixar o bloco europeu a 31 de outubro e rejeitou, mais uma vez, a possibilidade de pedir um adiamento do prazo a Bruxelas. Aos jornalistas, e sem papas na língua, Boris Johnson afirmou “preferia morrer numa valeta” do que adiar o Brexit.

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