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Desconfinamento? “Só quando o país chegar a um dado patamar” definido pelos técnicos, diz Rui Rio

O presidente do PSD, Rui Rio, defende que o dever de recolhimento domiciliário deve ser prolongado até se atingir um número de casos de Covid-19 gerível, apesar de a economia nacional “não aguentar” um confinamento geral longo.
  • Flickr/PSD
10 Fevereiro 2021, 18h56

O Partido Social Democrata (PSD) afirmou esta quarta-feira que o desconfinamento do país só deve ser ponderado quando Portugal atingir “um dado patamar” definido pelos epidemiologistas. O presidente do PSD, Rui Rio, defende que o dever de recolhimento domiciliário deve ser prolongado até se atingir um número de casos de Covid-19 gerível, apesar de a economia nacional “não aguentar” um confinamento geral longo.

“A boa regra de gestão é esta: quando Portugal chegar a um dado patamar, desconfina. Pergunta-me: é quinze dias ou um mês. Não sei. Quando chegar aí desconfina. E o ‘aí’ deve ser definido por quem sabe”, disse Rio Rio, em conferência de imprensa, quando questionado sobre se concordava com o prolongamento do confinamento geral do território continental por mais tempo e até quando.

No final de uma audiência com o Presidente da República, por videoconferência, a propósito da renovação do estado de emergência até ao final do mês de fevereiro, o líder social-democrata defendeu a fixação de linhas ou metas para o desconfinamento. “Quando atingirmos um valor que se entender equilibrado e desconfinarmos, a seguir começamos a testar em massa para procurar não confinar outra vez. Cada vez que se apanhar um infetado, isola-se e quebramos a cadeia de contágio”, explicou.

Rui Rio admitiu que o confinamento geral, que vigora em Portugal desde 15 de janeiro, poderá prolongar-se, pelo menos, enquanto o patamar de casos não atingir os valores a definir em conjunto com os epidemiologistas. Defendeu  que a economia portuguesa “não aguenta” o impacto de um confinamento prolongado, devido à dívida pública e dívida externa que tem, mas sublinhou que a prioridade é “salvar vidas”.

Portugal continental entrou num novo confinamento geral no dia 15 de janeiro. Os portugueses estão sujeitos ao dever de recolhimento domiciliário e apenas estão previstas deslocações autorizadas num quadro muito limitado, para comprar bens e serviços essenciais ou desempenho de atividades profissionais. O ensino presencial foi inicialmente permitido, mas depois o Governo corrigiu a decisão e mandou encerrar as escolas de todos os graus de ensino face ao continuado agravamento da situação epidemiológica do país.

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