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Desde que saiu da China até chegar a Portugal impressão digital do coronavírus já mudou 150 vezes

Investigadores portugueses do Instituto Nacional de Saúde dr. Ricardo Jorge já estão no terreno para descobrir todas as mutações que o novo coronavírus já sofreu.
6 Maio 2020, 13h24

Desde que saiu da cidade chinesa de Wuhan até chegar a Portugal, o novo coronavírus (Covid-19) sofreu 150 mutações. Os investigadores portugueses do Instituto Nacional de Saúde dr. Ricardo Jorge (INSA) já estão no terreno para descobrir tudo sobre as mudanças na impressão digital deste vírus para as autoridades de saúde melhor se prepararem para a continuação das medidas para combater a Covid-19.

“Vamos entrar nesta questão de sequenciação do genoma do coronavírus – já foi usada na legionela, sarampo, hepatite – para melhor perceber o bilhete de identidade, ou a impressão digital deste coronavírus”, começou por dizer hoje o presidente do Conselho Diretivo do INSA, Fernando Almeida.

“Queremos perceber se o coronavírus desde que saiu de Wuhan na China é o mesmo, se tem outras linhas ou se não tem outras linhas. Queremos perceber em que medida é que este genoma, que é a impressão digital, onde é que determinado surto emergiu para permitir ações subsequentes em termos de autoridades de saúde”, destacou o responsável na habitual conferência de imprensa diária das autoridades de saúde.

“Vai ser importantíssimo para os nossos médicos e profissionais de saúde e DGS perceber se há linhagens mais severas, mais agressivas, e que constituem um motivo de maior atenção no seu tratamento”, explicou Fernando Almeida

“Por outro lado, perceber as dificuldades ou não que têm a ver com a vacina, e percebermos até que ponto é que conseguimos encontrar dentro desta linhagem, e dentro deste genoma, um ponto comum que possa facilitar a criação de uma vacina”, afirmou o líder do INSA.

Desde que o coronavírus saiu de “Wuhan até chegar a Portugal conseguimos identificar que o  genoma já sofreu 150 mutações. O desconfinamento obriga-nos a debruçar ainda mais sobre estas variações, perceber onde é que determinado surto emergiu para permitir ações subsequentes em termos de autoridades de saúde”, sublinhou o presidente do INSA.

Portugal conta com um total de 26.182 casos confirmados da Covid-19, mais 480 face ao dia anterior, segundo os dados hoje divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), enquanto o número de vítimas mortais aumentou para 1.089, mais 15 mortes nas últimas 24 horas.

 

Covid-19. Portugal com 1.089 mortes e 26.182 casos confirmados

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