Mais de metade (59%) das pessoas com incapacidade em Portugal estão desempregadas, destaca a Randstad num estudo recente sobre o mercado de trabalho.
De acordo com o documento “O papel das pessoas com incapacidade no mercado de trabalho em Portugal”, esta faixa da população corresponde a 1,06 milhões de pessoas, das quais 348,3 mil se encontram em idade ativa.
“Desde logo é percetível que a taxa de atividade na população com incapacidade é de 47,6%, face a uma taxa de atividade de 73,1% da população sem incapacidade” Neste sentido, também as taxas de emprego e desemprego variam – a taxa de emprego para pessoas sem incapacidade (67,2%) é superior em quase 25 pontos percentuais quando comparada com a taxa de emprego das pessoas com incapacidade, que se situa nos 42,3%”, explica a empresa holandesa do sector dos recursos humanos.
Quando ao desemprego, está em causa uma taxa superior em cerca de três pontos percentuais no caso de pessoas com incapacidade (11,2%), contra 8,1% para pessoas sem incapacidade.
Ainda segundo a mesma análise, 62% das pessoas com incapacidade encontram-se numa situação de desemprego de longa duração.
O estudo da Randstad está separado entre uma análise do perfil sociodemográfico das pessoas com incapacidade em Portugal e comparação europeia, uma análise da participação deste grupo no mercado de trabalho, recorrendo a informação do INE e do Eurostat, e uma parte com dados sobre o talento das pessoas com incapacidade”.
“Esta análise permite-nos perceber que existe ainda uma situação de disparidade no mercado entre pessoas com incapacidade e sem incapacidade. Mas mais do que isso, é importante percebermos de que forma podemos diminuir estas diferenças, quais são as motivações e expectativas desta fatia de pessoas que tem maior dificuldade em encontrar emprego e criar estratégias para colmatar este desafio”, comenta Isabel Roseiro, diretora de Marketing da Randstad Portugal
Segundo o mesmo documento, a incapacidade de mobilidade, a mais comum, afeta 55,9% da população com incapacidade. Listam-se, ainda, as limitações visuais (32,4%) e cognitivas/de memória (31,3%), dificuldades auditivas (26,0%), cuidados pessoais (27,6%) e comunicação (14,2%).
“Nesta análise verifica-se que a grande maioria das pessoas com incapacidade (84,4% – 894.813 pessoas), com 15 anos ou mais, são pessoas não ativas. Do total de pessoas inativas com incapacidade, 77,2% são reformadas”, detalha o estudo.
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